Vazamento de fotos íntimas de professor em Minas Gerais envolve alunos e gera investigação
Professor de uma escola estadual tem fotos vazadas entre alunos; Secretaria de Educação acompanha o caso e orienta medidas preventivas.
Por Plox
24/09/2024 13h13 - Atualizado há 10 meses
Em Juiz de Fora, um professor de uma escola estadual do Bairro Manoel Honório teve suas fotos íntimas vazadas entre os alunos da instituição. O caso foi confirmado pela Secretaria Estadual de Educação, que se manifestou a respeito, afirmando que está
acompanhando a situação para que o ocorrido seja esclarecido. A gestão da escola foi instruída a conscientizar os estudantes sobre os graves impactos jurídicos, psicológicos e sociais que envolvem o compartilhamento de imagens íntimas sem consentimento.
Medidas preventivas e educativas
A Secretaria também orientou a escola a promover atividades educativas entre os alunos, abordando o crime de divulgação de fotos íntimas, seus efeitos e as penalidades envolvidas. A intenção é prevenir a repetição de atos semelhantes e promover a reflexão sobre os riscos e as consequências dessas ações, que podem acarretar sérios danos tanto para a vítima quanto para quem compartilha o conteúdo.
Orientação à vítima e registro do crime
O professor, que teve suas imagens indevidamente compartilhadas, foi instruído a registrar um Boletim de Ocorrência (BO) para que o caso possa ser formalmente investigado. Até o momento, a Polícia Militar (PM) não confirmou se o BO foi registrado, mas a orientação visa garantir que as devidas providências legais sejam tomadas para proteger os direitos do servidor.
Compartilhar fotos íntimas sem consentimento é crime
Desde o final de 2018, o Código Penal brasileiro tipifica como crime o ato de expor ou registrar imagens íntimas sem autorização. Existem duas leis que regulam esse tipo de violação: a Lei Rose Leonel (Lei 13.772/2018), que pune o registro não autorizado de imagens, incluindo montagens, e a Lei 13.718/18, que penaliza a divulgação de cenas de estupro e pornografia sem consentimento da vítima. A pena para quem divulga esse tipo de conteúdo pode chegar a até cinco anos de prisão, além de uma possível indenização por danos morais e materiais.
É importante destacar que, mesmo aqueles que apenas recebem e repassam as imagens, sem terem sido os autores iniciais, também estão sujeitos às mesmas penalidades previstas na legislação.
Consequências sociais e jurídicas
O compartilhamento de imagens íntimas sem consentimento pode ter consequências devastadoras para as vítimas, impactando não apenas sua vida pessoal, mas também sua integridade emocional e profissional. A ação é considerada uma grave violação de direitos e, por isso, é punida rigorosamente pela lei.