Cineasta brasileiro morre em queda de avião no Pantanal
Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz estava entre as quatro vítimas do acidente aéreo em Aquidauana (MS), que também matou o renomado arquiteto chinês Kongjian Yu
Por Plox
24/09/2025 09h42 - Atualizado há 2 dias
Na noite da última terça-feira (23), um grave acidente aéreo no Pantanal sul-mato-grossense resultou na morte de quatro pessoas, entre elas o cineasta Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz, conhecido por sua atuação marcante no universo dos documentários. A aeronave de pequeno porte caiu nas proximidades da Fazenda Barra Mansa, em Aquidauana (MS), região turística da zona pantaneira.

O cineasta brasileiro conquistou reconhecimento internacional ao dirigir o documentário “Dossiê Chapecó: O jogo por trás da tragédia”, uma série em quatro episódios de 48 minutos indicada ao Emmy Internacional, que aborda o trágico acidente aéreo envolvendo a equipe da Chapecoense em 2016. Além disso, Luiz Fernando esteve envolvido na produção de “To Win or To Win”, desenvolvido pelo grupo árabe MBC/Shahid, sobre o clube saudita Al Nassr FC, onde atua o craque português Cristiano Ronaldo.
Entre os mortos também estava o arquiteto chinês Kongjian Yu, figura respeitada mundialmente por seus projetos voltados ao urbanismo sustentável. A tragédia ainda vitimou o documentarista Rubens Crispim Jr. e o piloto Marcelo Pereira de Barros, proprietário da aeronave.
Segundo informações do Corpo de Bombeiros, os corpos foram encontrados carbonizados. A delegada Ana Cláudia Medina, representante do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), confirmou que o avião explodiu no impacto com o solo.
A Força Aérea Brasileira (FAB) divulgou nota oficial confirmando o acidente e informando que o Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA IV), vinculado ao CENIPA, foi acionado para realizar os procedimentos iniciais de apuração. De acordo com o comunicado, a equipe de investigação foi mobilizada para coletar dados, preservar vestígios e fazer uma avaliação preliminar dos danos.
A Polícia Civil do Mato Grosso do Sul também está envolvida nas apurações. Por meio do DRACCO e da Delegacia de Polícia de Aquidauana, peritos criminais foram designados para realizar os levantamentos técnicos e protocolares.
Conforme registros da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave pertencia ao piloto Marcelo Pereira de Barros e estava com a documentação em dia. No entanto, ele não tinha autorização legal para prestar serviços de táxi aéreo.
\"Equipes da PCMS, incluindo peritos criminais, estão em campo para a realização dos procedimentos de praxe e o levantamento de dados preliminares\", informou a corporação em nota oficial.