Deputados protocolam pedido de CPI contra institutos de pesquisa eleitoral

Documento colheu 179 assinaturas de deputados. Os deputados federais Carlos Jordy (PL-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP) são um dos autores

Por Plox

24/10/2022 15h03 - Atualizado há quase 2 anos

Um pedido de instauração de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi protocolado na Câmara, na última sexta-feira (21), por deputados aliados ao governo. Eles pedem uma investigação contra os institutos de pesquisas. O pedido, que colheu 179 assinaturas de deputados, tem como um dos autores os deputados federais Carlos Jordy (PL-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Os parlamentares alegam haver “o uso político dos institutos de pesquisas eleitorais a fim de influenciar o resultado das eleições em favor de determinados candidatos, partidos ou espectro político”.

A maioria dos deputados que assinaram o documento são de partidos aliados ao presidente Jair Bolsonaro (PL), como Republicanos e PP. Políticos do Novo, União Brasil, MDB, PSC e PDT também estão entre os autores.

A investigação terá início nas pesquisas do ano de 2014 até o pleito deste ano. Entram na investigação as votações para prefeito, governador, senador e presidente da República.

Foto: José Cruz/Agência Brasil

 

Motivo do pedido da CPI

Devido à diferença entre os resultados das urnas e as projeções para a disputa presidencial e estaduais realizadas nos dias que antecederam a votação, os institutos de pesquisa se tornaram alvo de desconfiança por parte de uma parcela dos políticos e população.

O que é necessário para instaurar uma CPI

É necessário no mínimo 171 assinaturas para a instauração de uma CPI. No entanto, é o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), que analisa o pedido e decide dar prosseguimento ou não.

O regimento da Câmara estabelece prazo de 120 dias, prorrogável por mais 60, mediante deliberação do plenário, para a conclusão dos trabalhos de uma CPI.

CPI no Senado
No Senado também tem um pedido de CPI contra os institutos de pesquisas eleitorais. Porém, não há previsão de o requerimento ser lido em plenário pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
 

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