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A Polícia Civil de Minas Gerais apresentou nesta sexta-feira (24), em Ipatinga, a conclusão de um inquérito que investigou a morte de cinco crianças no Vale do Aço. O caso, marcado pela complexidade e comoção, foi detalhado durante coletiva de imprensa no 12º Departamento de Polícia Civil, no bairro Cariru, sob coordenação da delegada Valdimara Teixeira de Paula Fernandes, titular da 9ª Delegacia de Timóteo, responsável pelas apurações.
A mulher, que estava em fuga em Portugal, foi encontrada e detida pela Polícia Judiciária do país.
A investigação teve como principal suspeita uma mulher de 40 anos, natural de Timóteo, que fugiu para Portugal após o último crime, em 2023. Após ser localizada, ela foi extraditada e encontra-se agora sob custódia do sistema prisional brasileiro.
De acordo com a Polícia Civil, os fatos ocorreram entre 2007 e 2023, formando um cenário de violência sistemática dentro do núcleo familiar. As apurações indicam que a mulher teria feito uso de medicações de controle especial e substâncias tóxicas, como fenobarbital e clonazepam, para causar a morte das crianças. Em certos episódios, segundo as investigações, houve também registros de maus-tratos e abuso.
O primeiro caso foi registrado em 2007 e, à época, arquivado como possível acidente doméstico. Com novas evidências técnicas e depoimentos de testemunhas, as investigações foram reabertas, revelando vestígios de substâncias químicas e importantes relatos de quem convivia com as vítimas.
Estamos falando de quase duas décadas de crimes cometidos de forma reiterada e silenciosa, dentro de um mesmo ambiente familiar. Foram dezenas de depoimentos, perícias e reconstituições que nos levaram à elucidação de um caso extremamente complexo. – Delegada Valdimara Teixeira de Paula Fernandes
No total, as autoridades contabilizaram 11 vítimas: cinco homicídios consumados, duas tentativas e quatro crimes contra a dignidade sexual. Os abusos sexuais recaíram sobre menores de 14 anos, todos com algum laço de parentesco com a principal investigada.
Foram indiciadas quatro pessoas: a mulher extraditada, dois ex-companheiros e sua mãe. Dois estão presos preventivamente, enquanto outros dois responderão em liberdade enquanto aguardam decisões judiciais. A delegada explicou que as prisões dependem agora do Judiciário e do Ministério Público.
Polícia finaliza as apurações
A investigação apurou ainda que a mãe responderá por omissão em situações de abuso sexual cometidas contra crianças sob sua guarda. Em outro inquérito, ela é apontada como coautora direta de violações cometidas contra uma vítima de 10 anos à época.
Os exames periciais detectaram fenobarbital em uma das vítimas, morta em 2010, e clonazepam no sangue da última criança, falecida em 2023. Segundo a delegada, os laudos foram fundamentais para atestar o uso de medicamentos depressivos do sistema nervoso central, comprovando que as vítimas estavam sedadas no momento das mortes.
A mulher, que se encontrava foragida em Portugal, foi encontrada e detida pela Polícia Judiciária do país.
O trabalho pericial e toxicológico foi decisivo para identificar o padrão das ações e a participação da mãe em cada etapa dos crimes.
Ao longo da investigação, dezenas de profissionais atuaram no caso, incluindo delegados, investigadores, peritos e médicos legistas. A 9ª Delegacia contou ainda com apoio da Inspetoria de Ipatinga, de cartórios e de instituições periciais de Belo Horizonte.
Foi um trabalho árduo, de mais de um ano, que exigiu sensibilidade, paciência e rigor técnico. Só foi possível chegar a essa conclusão graças à dedicação de toda a equipe e também à coragem de pessoas da comunidade que, após nossa primeira coletiva, procuraram a polícia espontaneamente para relatar situações importantes. – Delegada Valdimara Teixeira de Paula Fernandes
Durante o processo, dezenas de familiares, vizinhos e profissionais de saúde prestaram depoimentos e relataram mudanças comportamentais nas crianças, como sonolência e sinais de sedação, elementos que se tornaram peças-chave para desvendar o caso.
Com o encerramento dos inquéritos, todos os relatórios foram enviados à Justiça e ao Ministério Público, que agora analisam as denúncias e possíveis novas medidas cautelares.
De acordo com a delegada, a pena para a principal investigada pode ultrapassar 150 anos de prisão, caso haja condenação por todos os crimes. O caso impressiona não só pela gravidade, mas pelo longo período em que os crimes ocorreram, exigindo a reconstituição de quase 20 anos de histórias interrompidas e de busca por respostas pela Justiça.
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