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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva considerou praticamente certa uma reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prevista para ocorrer em Kuala Lumpur, na Malásia, durante passagem pela Ásia nesta semana. Em entrevista coletiva em Jacarta, na Indonésia, nesta sexta-feira (24), Lula afirmou que está disposto a discutir qualquer tema com Trump, sem restrições na pauta.
Lula declarou que está aberto a debater qualquer assunto.
A possível reunião entre Lula e Trump está prevista para domingo (26), em Kuala Lumpur, mas até o momento não houve confirmação oficial do encontro, nem pelo governo brasileiro, nem pelo norte-americano. Caso se concretize, será o primeiro encontro oficial entre os líderes desde que os EUA impuseram tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, desencadeando novos atritos comerciais.
Durante a entrevista, Lula detalhou os temas que pretende abordar, como comércio bilateral e as sanções dos EUA a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele também mencionou expectativas em relação à COP 30 e ao debate sobre a perfuração da Petrobras na foz do Amazonas.
Tenho todo interesse nessa reunião, mostrar que houve equívoco nas taxações, mostrar com números – Lula
Lula desembarcou na Malásia acompanhado de equipe diplomática, dando sequência à segunda etapa da viagem de uma semana pelo continente asiático. Antes, esteve na Indonésia, onde foi recebido pelo presidente Prabowo Subianto. Segundo o Itamaraty, parte do domingo está reservada para encontros bilaterais de Lula, incluindo uma reunião já confirmada com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.
A aproximação entre Lula e Trump vem se desenhando desde setembro, após rápida interação na Assembleia da ONU e uma ligação de cerca de 30 minutos, intermediada pelas diplomacias dos dois países. O estreitamento das relações também se refletiu em conversas entre os chefes das diplomacias brasileira e norte-americana.
Lula participa da cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), bloco formado por dez países que discutem cooperação regional e crescimento econômico. Entre os integrantes estão Filipinas, Indonésia, Malásia, Singapura, Tailândia e Vietnã.
Durante a coletiva, ao ser questionado, Lula ressaltou a expectativa de retomar o diálogo presencial com Trump e destacou a importância do contato humano:
Olho no olho, pegar na mão, abraçar a pessoa – Lula
Ele defendeu a ideia de que dificuldades podem ser solucionadas no diálogo direto e afirmou estar convencido de que a reunião será positiva para ambos os países.
Lula voltou a defender a discussão sobre adoção de moeda alternativa ao dólar em transações comerciais entre os membros do Brics como forma de reduzir a dependência da moeda americana. O tema é ponto de tensão nas negociações com os EUA, uma vez que Trump deseja que o governo brasileiro deixe a proposta de lado, segundo informações de bastidores. Conselheiros do Planalto sugeriram a Lula cautela na abordagem do assunto durante a reunião.
O presidente brasileiro argumentou sobre a importância do multilateralismo nas relações internacionais. Ele ressaltou que Brasil e Indonésia têm interesse em discutir operações comerciais em moedas próprias.
Nós queremos multilateralismo e não unilateralismo. [...] Tanto a Indonésia quanto o Brasil têm interesse em discutir a possibilidade de comercialização entre nós dois ser com as nossas moedas. Essa é uma coisa que nós precisamos mudar – Lula
Lula comentou sobre as ações dos EUA contra barcos na costa da Venezuela e avaliou que o tema pode surgir na conversa com Trump. Para o presidente, ações militares em outros países não são justificáveis com o argumento de combate ao narcotráfico, pois desconsideram a legislação internacional.
Ele avaliou que, se Trump quiser debater a questão, se colocará à disposição. Lula criticou a postura de ataques unilaterais e afirmou ser necessário respeito às constituições nacionais ao tratar de crimes transnacionais.
Acho que falta um pouco de compreensão da questão da política internacional – Lula
Na área ambiental, Lula reforçou o compromisso do Brasil com energias renováveis e afirmou que a imagem que o país quer projetar ao mundo é de líder na geração de energia limpa, além de ter combustíveis fósseis considerados menos poluentes em relação a outros mercados.
Sobre a perfuração da Petrobras na foz do Amazonas, Lula argumentou que se trata de processo ainda em fase de pesquisa e destacou a expertise da estatal para evitar danos ambientais.
Muito fácil falar do fim do combustível fóssil, mas é difícil a gente dizer hoje quem é que tem condição de se libertar do combustível fóssil. Ninguém tem – Lula
Ele defendeu o uso dos recursos do petróleo para financiar a transição energética e declarou que a Petrobras está ampliando o foco para além do setor petrolífero, buscando se consolidar como empresa de energia.
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