Delegada de Belo Horizonte relata assédio contínuo na Polícia Civil, segundo advogado
Advogado da delegada, que se isolou em apartamento, revela histórico de perseguição desde sua entrada na instituição.
Por Plox
24/11/2023 07h45 - Atualizado há cerca de 1 ano
Uma delegada da Polícia Civil de Minas Gerais, que recentemente se trancou em um apartamento em Belo Horizonte por mais de 30 horas, alega ser vítima de assédio contínuo na corporação desde que ingressou em 2018. O advogado da delegada, Bruno Correia, revelou esta informação, destacando que os problemas começaram ainda durante sua formação na Acadepol, a academia de formação de policiais civis do estado.
Bruno Correia descreveu que a delegada, Monah, que foi a primeira colocada na academia para o cargo de delegado, enfrentou perseguição devido à sua competência e autonomia. "Ela começou, ao que parece, a ser perseguida, pelo fato de estar tomando decisões amparadas na lei, e, ao que parece, estava contrariando interesses de servidores", disse Correia.
O advogado criticou os processos administrativos disciplinares aos quais Monah foi submetida, considerando-os humilhantes e geradores de insegurança. No entanto, ele não detalhou os casos específicos de assédio, aguardando a liberação da delegada ou sua autorização para divulgar mais informações.
Por outro lado, a Polícia Civil, através da delegada Francione Fintelman, afirmou que todas as denúncias feitas por qualquer pessoa contra policiais estão sendo apuradas pela corregedoria. Saulo Castro, porta-voz da Polícia Civil, indicou a existência de quase uma dezena de procedimentos envolvendo a delegada Monah, mas não forneceu detalhes sobre o status desses procedimentos, citando questões éticas.