Justiça concede liberdade provisória a delegada Monah Zein após impasse em Belo Horizonte

A delegada da Polícia Civil Monah Zein, de 38 anos, que recentemente se trancou em seu apartamento em Belo Horizonte por mais de 31 horas, teve sua liberdade provisória decretada pela Justiça nesta sexta-feira (24 de novembro). A decisão foi tomada pela juíza Juliana Pagano, da Central de Flagrantes de Belo Horizonte, durante uma audiência de custódia que durou cerca de 20 minutos. O caso, que agora seguirá em segredo de Justiça, gerou grande atenção do público e da mídia.

Segundo o advogado Bruno Correia, representante de Monah, tanto a promotora de justiça quanto a juíza acolheram a argumentação da defesa, reconhecendo que os disparos efetuados pela delegada contra policiais foram em legítima defesa, após um deles supostamente atirar nela com um taser. Antes da decisão, Monah estava sob escolta policial em um hospital da rede particular, mas não terá mais essa vigilância após a publicação do alvará de soltura.

Além da liberação de Monah, a Justiça também decretou segredo de justiça para o processo da delegada, atendendo a um pedido dos advogados para preservar sua cliente. O advogado Bruno Correia criticou a Corregedoria da Polícia Civil de Minas Gerais por disponibilizar documentos sobre o caso no sistema judiciário de forma pública.

O incidente começou quando policiais tentaram negociar com a delegada em seu apartamento, após ela se recusar a voltar ao trabalho e expressar medo de invasão do seu lar. Durante o impasse, Monah efetuou disparos, sem atingir ninguém, e transmitiu parte da abordagem e negociação ao vivo, acusando vários servidores da Polícia Civil de assédio.