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Polícia
Suspeito confessa estupro e feminicídio de estudante na trilha da Praia do Matadeiro
Catarina Kasten, 31, foi violentada sexualmente e morta enquanto ia para aula de natação; acusado foi preso preventivamente após ser identificado por imagens e fotos de turistas
24/11/2025 às 10:16por Redação Plox
24/11/2025 às 10:16
— por Redação Plox
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A morte da estudante de pós-graduação Catarina Kasten, de 31 anos, durante uma trilha em Florianópolis, causou comoção nacional. Ela foi violentada sexualmente e assassinada na trilha do Matadeiro, na manhã de sexta-feira (21), quando se dirigia para uma aula de natação. O principal suspeito, um homem de 21 anos, confessou o crime e está preso preventivamente, respondendo por estupro e feminicídio.
Giovane Correa Mayer, nascido em Viamão (RS), foi detido pelo assassinato de Catarina Kasten
Foto: Divulgação / Polícia Civil.
Quando ocorreu o crime
O assassinato aconteceu na manhã de sexta-feira, enquanto Catarina seguia para a aula de natação. Segundo relato do companheiro no boletim de ocorrência, ela saiu de casa por volta das 6h50.
Quando a polícia foi acionada
O companheiro de Catarina estranhou a demora no retorno para casa e percebeu que algo estava errado quando ela ainda não havia voltado às 9h. Por volta do meio-dia, chegaram, em um aplicativo de mensagens, informações de que pertences da estudante haviam sido encontrados na trilha.
Diante disso, ele confirmou com uma professora que a vítima não compareceu à aula de natação e chamou a Polícia Militar.
Quem encontrou o corpo
Durante as buscas, dois homens abordaram policiais e informaram ter encontrado um corpo na trilha. A Polícia Militar acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e as polícias Civil e Científica.
Como a estudante foi morta
À polícia, o homem preso afirmou que asfixiou Catarina com um cadarço e a violentou sexualmente. O material genético dele foi coletado e encaminhado para análise.
Como o suspeito foi identificado
Os policiais tiveram acesso a imagens de câmeras de monitoramento, com apoio de moradores da região. Nas gravações, aparecia o suspeito circulando pela área. Além disso, duas turistas que consideraram a atitude dele suspeita tiraram fotos do homem. As imagens ajudaram na identificação do investigado.
Onde o suspeito foi localizado
Com a identidade confirmada, policiais foram até a casa do suspeito. No local, ele confessou os crimes e afirmou ter escondido o corpo da vítima em uma área de mata.
Na residência, a Polícia Militar encontrou as roupas usadas por ele, que apareciam nas gravações, além de pertences de Catarina. Esses objetos foram apreendidos e levados para a Central de Plantão Policial, junto com o suspeito.
Quem é o suspeito
O homem preso foi identificado como Giovane Correa Mayer, natural de Viamão, no Rio Grande do Sul. Ele mora na região desde 2019, com familiares, e, segundo a Polícia Militar, costumava passar pela trilha onde o crime ocorreu.
Na sexta-feira, ele relatou ter voltado de uma festa em que ingeriu bebida alcoólica. A defesa dele é feita por um defensor público. Em nota, a Defensoria Pública informou que, durante as audiências, todas as pessoas conduzidas ao cárcere recebem atendimento do órgão.
Quem era Catarina
Catarina era estudante de pós-graduação em estudos linguísticos e literários na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Formada em Letras Inglês em 2022, atuava como professora e já fazia planos para ingressar no doutorado, segundo amigos.
Catarina Kasten, 31 anos, foi assassinada enquanto se deslocava para uma aula de natação
Foto: Reprodução / Redes sociais.
Antes de cursar Letras, foi aluna de Engenharia de Produção na mesma universidade, onde integrou o Centro Acadêmico Livre de Engenharia de Produção (Calipro).
Homenagens e protesto na trilha
Na manhã de sábado (22), amigas, colegas e vizinhas de Catarina se reuniram para um ato na trilha do Matadeiro. O grupo refez o percurso do crime em protesto, manifestando medo, revolta e a reivindicação por mais segurança para as mulheres.
Na manhã de sábado (22), amigas, colegas e moradoras da vizinhança de Catarina se reuniram para protestar e repetir o trajeto pela trilha onde o crime ocorreu
Foto: Reprodução / NSC TV.
Durante a manifestação, as participantes defenderam o direito à liberdade de ir e vir. Elas ressaltaram que a morte de Catarina é um feminicídio e denunciaram a violência de gênero.
A luta das mulheres, ela é em todo o âmbito da sociedade, mas quem precisa ser educado são os homens, são vocês. E vocês têm que aprender o que é exploração, o que é dominação. Nós não queremos uma sociedade de domínio, nós queremos uma sociedade de liberdadeMarlene Soccas
Atuação do Ministério Público
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) ainda não informou se recebeu o inquérito da Polícia Civil sobre o caso de Catarina ou se o suspeito já foi formalmente denunciado.
Nota da UFSC
A Universidade Federal de Santa Catarina comunicou, com pesar e indignação, o falecimento de Catarina, aluna do Programa de Pós-Graduação em Inglês: Estudos Linguísticos e Literários. A instituição destacou que a estudante foi vítima de feminicídio na trilha da Praia do Matadeiro, no sul de Florianópolis.
De acordo com a universidade, um ato público estava previsto para sábado (22), às 7h, na Igreja da Armação, próxima à trilha onde o corpo foi encontrado, em memória de Catarina e para pedir mais segurança às mulheres em Florianópolis.
A UFSC recordou ainda que, antes de estudar Letras, Catarina foi aluna de Engenharia de Produção e integrou o Centro Acadêmico Livre de Engenharia de Produção (CALIPRO).
A instituição afirmou repudiar veementemente qualquer forma de violência contra mulheres e ressaltou que casos como o de Catarina não podem ser naturalizados, indicando confiança nas instituições de Estado para o esclarecimento dos fatos.
A universidade declarou que se soma aos esforços de quem trabalha para evitar que crimes semelhantes se repitam e manifestou solidariedade a amigos e familiares da vítima.
Manifestação do CCE
O Centro de Comunicação e Expressão (CCE) da UFSC, ao qual está vinculado o curso de Letras, também divulgou nota sobre o caso. O CCE classificou o episódio como uma perda irreparável e destacou a dedicação, o talento e a contribuição de Catarina para o Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos e Literários.
A comunidade acadêmica do CCE afirmou estar em luto e prestou homenagem à memória da estudante, estendendo solidariedade à família, amigos, colegas e professores.
O que diz a Defensoria Pública
A Defensoria Pública do Estado informou que a defesa do suspeito é realizada pelo órgão. A instituição lembrou que sua missão constitucional é garantir atendimento jurídico integral e gratuito a pessoas em situação de vulnerabilidade.
Nesse público, incluem-se mulheres vítimas de violência de gênero e qualquer pessoa acusada de crime que não possua advogado constituído. A Defensoria acrescentou que, durante as audiências de apresentação, todas as pessoas conduzidas ao cárcere recebem atendimento, com o objetivo de assegurar o respeito aos direitos e garantias fundamentais previstos na Constituição Federal.
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