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Política
Lula defende nova fase de aproximação do Brasil com África em visita a Moçambique
Em Maputo, presidente afirma que Brasil se afastou do continente nos últimos anos, anuncia retomada da cooperação em diversas áreas e cita papel do BNDES e da PF em projetos e combate ao crime organizado
24/11/2025 às 10:45por Redação Plox
24/11/2025 às 10:45
— por Redação Plox
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Em discurso em Maputo nesta segunda-feira (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil se afastou da África nos últimos anos, comprometendo vínculos históricos com o continente. Ao lado do presidente de Moçambique, Daniel Chapo, ele participou de cerimônia oficial que marcou a assinatura de atos bilaterais entre os dois países.
Lula avaliou que o país passou de uma relação de irmandade para um período de indiferença em relação à África, após décadas de cooperação. Segundo ele, houve um movimento de reaproximação há cerca de 20 anos, mas o Brasil voltou a se distanciar posteriormente.
Lula durante evento público
Foto: Foto: Ricardo Stuckert / PR
Crítica ao distanciamento e defesa de nova aproximação
Durante o pronunciamento, o presidente afirmou que o Brasil “se perdeu por caminhos sombrios” e, nesse processo, deixou de valorizar os laços históricos e culturais com o continente africano. Ele destacou que não há tempo a perder com o que deixou de ser feito no passado e defendeu a retomada do diálogo e do intercâmbio entre as nações.
Lula lembrou que as relações diplomáticas entre Brasil e Moçambique completam cinco décadas e defendeu o fortalecimento da cooperação em várias frentes. De acordo com ele, áreas como assistência humanitária, saúde, educação, segurança alimentar, agricultura, biocombustíveis, defesa, comércio e investimentos devem voltar ao centro da agenda bilateral.
Infraestrutura e oportunidades econômicas
No campo econômico, o presidente ressaltou que Moçambique ainda enfrenta lacunas importantes em infraestrutura e que seu crescimento depende da expansão de portos, estradas, usinas e linhas de transmissão. Ele afirmou que empresas brasileiras têm condições técnicas e financeiras de contribuir com esse processo, desde que sejam criados mecanismos que viabilizem essa participação.
Lula disse ainda que o governo trabalha para que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social recupere a capacidade de financiar a internacionalização de empresas brasileiras, ampliando a presença do país em projetos no exterior. Para o presidente, o fluxo comercial entre Brasil e Moçambique é menor do que o potencial dos dois mercados e essa situação é injustificável, considerando a proximidade histórica e linguística entre as nações.
Agenda em Moçambique
A passagem por Maputo é a primeira visita de Lula a Moçambique neste mandato. Ele já havia estado no país em 2003, 2008 e 2010, em gestões anteriores. Ainda nesta segunda-feira, o presidente deve receber o título de doutor honoris causa da Universidade Pedagógica de Maputo, em reconhecimento à sua trajetória pública e ao reforço da cooperação educacional e científica entre os dois países.
Combate ao crime organizado
No discurso, Lula também apontou o crime organizado como uma das principais ameaças às sociedades contemporâneas. Segundo ele, o governo brasileiro tem atuado com inteligência para desarticular redes criminosas e enfraquecer suas fontes de financiamento.
O presidente destacou o papel da Polícia Federal no rastreamento de ativos ilícitos e no combate à lavagem de dinheiro, afirmando que a instituição é reconhecida internacionalmente por sua atuação e está à disposição para ampliar a cooperação com Moçambique nessa área.
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