O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) acusou a TV Globo de violar sua privacidade ao usar um drone para registrar a visita que fez ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na última sexta-feira (21). Segundo ele, as imagens foram feitas sem autorização em um ambiente privado.

De acordo com o parlamentar, a emissora teria sobrevoado o local da visita com equipamento aéreo não tripulado para filmar tanto Bolsonaro quanto ele próprio, o que, em sua avaliação, ultrapassa os limites da atividade jornalística e caracteriza grave invasão de privacidade em contexto reservado.

Deputado fala em violação de ética jornalística

Nas redes sociais, Nikolas disse ter recebido “com absoluto espanto” a atitude da emissora e classificou a conduta como incompatível com padrões mínimos de ética no jornalismo. Para ele, a utilização do drone para captar imagens sem autorização em área privada representaria um desrespeito a garantias individuais.

Recebemos com absoluto espanto a atitude da Rede Globo, que utilizou um drone para invadir um ambiente privado, filmando sem autorização um ex-Presidente da República e um parlamentar. É uma violação grave de privacidade, totalmente incompatível com qualquer padrão mínimo de ética jornalística.

Nikolas Ferreira, em publicação nas redes sociais

Reação a suspeita de descumprimento de decisão judicial

O deputado também reagiu à narrativa de que teria descumprido decisão judicial durante a visita. Ele afirmou que não recebeu qualquer comunicação prévia sobre restrições ao uso de celular, nem da Justiça nem dos responsáveis pela fiscalização no local.

Segundo Nikolas, sem notificação formal não haveria como se falar em descumprimento de ordem judicial, reforçando que, em suas palavras, não teve intenção de desobedecer determinações da Justiça ou de agir à margem das regras estabelecidas.

Críticas à emissora e recado final

Na avaliação do parlamentar, o caso expõe mais a postura da emissora do que a conduta das pessoas filmadas. Ele classificou a Globo como invasiva e sugeriu que a rede teria agido de forma clandestina ao registrar o encontro.

Ao encerrar suas manifestações públicas sobre o episódio, Nikolas ironizou a cobertura da TV Globo e afirmou que a emissora “vai precisar de uma narrativa mais forte”, atacando diretamente a postura que atribui ao veículo de comunicação.