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Temporais com granizo gigante causam destruição e deixam milhares de afetados no Sul do Brasil
Sequência de tempestades severas provoca situação de emergência, danos em milhares de casas e feridos no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, com risco de novos episódios e alertas emitidos por Inmet e Defesa Civil
24/11/2025 às 23:19por Redação Plox
24/11/2025 às 23:19
— por Redação Plox
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Sul do Brasil registra uma sequência de temporais severos desde o fim de semana, com granizo gigante, alagamentos, cidades em situação de emergência e milhares de pessoas afetadas. O cenário atinge Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, resultado da combinação de ar muito quente em superfície com ar bastante frio em altitude, além da atuação de um ciclone extratropical no litoral.
Acúmulo de granizo nas ruas de Erechim (RS) após o forte temporal que atingiu o município no domingo, 23
Foto: Defesa Civil/RS/Divulgação)
Granizo gigante e destruição no norte do Rio Grande do Sul
No Rio Grande do Sul, uma tempestade isolada, porém extremamente intensa, se formou na tarde de domingo (23) sobre a região do Alto Uruguai, no Norte do estado. O fenômeno produziu pedras de gelo de até 10 centímetros, classificadas como granizo gigante pelos critérios do Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos.
Erechim foi a cidade mais atingida. De acordo com a Defesa Civil, mais de 5 mil casas foram danificadas, telhados ficaram perfurados, carros foram destruídos e serviços chegaram a ser interrompidos. Há relatos de moradores feridos por estilhaços. O granizo foi comparado ao tamanho de ovos de galinha e até de laranjas. Mais de 150 pessoas ficaram feridas e cerca de 25 mil foram afetadas, o que levou o município a decretar situação de emergência.
A tempestade começou por volta das 16h40 e avançou rapidamente, alcançando Erechim, Itatiba do Sul, São Valentim e, em seguida, Getúlio Vargas. Imagens registraram ruas cobertas de gelo e telhados completamente destruídos.
Por que o granizo ficou tão grande
Segundo a MetSul Meteorologia, três fatores principais favoreceram a formação do granizo gigante: ar muito quente em superfície, com temperaturas chegando a 29°C; ar frio intenso em altitude, que reduziu o nível de congelamento; e um CAPE elevado, índice que mede a energia disponível para tempestades severas.
As correntes ascendentes dentro das nuvens Cumulonimbus estavam tão fortes que permitiram que as pedras de gelo crescessem em várias camadas, de forma semelhante a “uma cebola”, até atingirem tamanho extremo.
Santa Catarina tem 25 cidades com estragos e pessoas fora de casa
Em Santa Catarina, as chuvas intensas e o granizo atingem o estado desde sábado (22), provocando alagamentos, queda de energia e deixando centenas de pessoas fora de suas casas.
Até as 15h10 desta segunda-feira (24), o balanço apontava 25 municípios com estragos, 361 casas danificadas e 113 pessoas fora de casa. Os desabrigados foram encaminhados para abrigos públicos, enquanto os desalojados estão com familiares ou amigos.
Luiz Alves, no Vale do Itajaí, foi um dos municípios mais afetados, com vários pontos alagados. Quatro cidades já decretaram situação de emergência: Ibirama, Petrolândia, Lontras e Balneário Barra do Sul.
Joinville registrou diversas vias interditadas, e o Porto de Itajaí chegou a fechar o canal de acesso na manhã desta segunda-feira devido aos ventos fortes.
Cidades catarinenses atingidas por granizo
Os danos provocados pelo granizo em Santa Catarina foram registrados em diferentes regiões do estado. Entre as cidades afetadas estão: Agrolândia, Apiúna, Barra Bonita, Chapecó, Cunha Porã, Florianópolis, Fraiburgo, Ibirama, Jardinópolis, Lontras, Major Gercino, Petrolândia, Rio das Antas, Rio do Sul, Seara, São Bento do Sul, São Pedro de Alcântara, Timbó Grande, União do Oeste, Videira e Vitor Meireles.
Risco de alagamentos, enxurradas e deslizamentos
De acordo com a Defesa Civil, permanecem elevados os riscos de alagamentos, enxurradas, deslizamentos, destelhamentos e queda de árvores em Santa Catarina. A situação é agravada pela formação de um ciclone extratropical entre o Paraná e o Sudeste, que reforça a instabilidade.
Paraná registra granizo do tamanho de ovos de galinha
No Paraná, o destaque é o temporal que atingiu Guarapuava, na região central, também no domingo (23). Moradores registraram pedras de granizo do tamanho de ovos de galinha, que danificaram casas e mobilizaram equipes da Defesa Civil.
Segundo o Simepar, a tempestade foi gerada pela combinação de ar quente em superfície com a influência de uma frente fria no oceano, que reforçou a instabilidade por meio de um cavado meteorológico, área de baixa pressão capaz de intensificar tempestades.
Previsão do tempo e alertas para os próximos dias
No Rio Grande do Sul, ainda há risco de novas tempestades isoladas, mas com tendência de menor intensidade. Em Santa Catarina, a chuva deve perder força ao longo do fim de tarde, embora áreas do Norte do estado ainda apresentem risco. No Paraná, a instabilidade continua e há chance de novos temporais isolados.
Segundo o Inmet, Curitiba e Florianópolis seguem em alerta para pancadas de chuva e queda de granizo.
Orientações da Defesa Civil
Diante do cenário de instabilidade, a Defesa Civil reforça recomendações à população: evitar áreas alagadas, não atravessar pontes submersas, buscar abrigo longe de janelas e estruturas frágeis durante ventos fortes e, em caso de emergência, acionar o Corpo de Bombeiros pelo 193 ou a própria Defesa Civil pelo 199.
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