Aplicativo Conecte SUS volta a funcionar, diz Ministério da Saúde

Ele está fora do ar desde o dia 10 de dezembro quando foi invadido por hackers

Por Plox

23/12/2021 22h04 - Atualizado há mais de 2 anos

O aplicativo Conecte SUS voltou a funcionar nesta quinta-feira (23) depois dode hackers. O aplicativo do governo é responsável por registrar o histórico do paciente na rede de saúde pública e emitir o certificado de vacinação. Os serviços estão fora do ar desde o início da madrugada do dia 10 de dezembro e retornariam no dia 14 deste mês. 

Mas devido ao novo ataque hacker que aconteceu na madrugada no dia 13 não conseguiram cumprir com o prazo de retorno. A retomada do aplicativo foi anuncianado pelo Ministério da Saúde no início da noite desta quinta. 

“O Ministério da Saúde informa que o aplicativo ConecteSUS foi restabelecido. A pasta destaca que a emissão do Certificado Nacional de Vacinação Covid-19 pode apresentar instabilidade nas primeiras horas, em razão do volume dos acessos”, disse a nota.

 

Foto: Reprodução

 

Na época do segundo ataque, o ministro Marcelo Queiroga comentou que ele teria sido de menor potencial. “Houve este outro ataque, infelizmente, somos vítimas dessas figuras que têm de maneira criminosa invadido o sistema, tentado invadir, eles não conseguem invadir, mas tumultuam, atrapalham e estamos trabalhando para recuperar isso o mais rápido possível”, disse Queiroga.

A Polícia Federal abriu inquérito para analisar o acontecido e confirmou o comprometimento do sistema. Segundo a PF, existem indícios de “Hacktivismo”, isto é, quando alguém ou um grupo usa o crime para passar uma mensagem, e essa “mensagem” seria contra a exigência do passaporte da vacinação. 

No início da manhã da sexta-feira dia 10, um grupo hacker assumiu a autoria do atentado, emitindo uma mensagem através das duas páginas, do Ministério da Saúde e do Connect Sus: "Os dados internos foram copiados e excluídos. 50 terabytes de dados estão em nossas mãos”. 

O Ransomware é um tipo de ataque usado para criptografar as áreas de armazenamento, bloqueando o acesso aos dados até que um resgate por esses dados seja pago. Os hackers bloqueiam os dados e exigem um valor de resgate, normalmente em moeda virtual, as chamadas criptomoedas, como o Bitcoin (BTC).

A invasão aconteceu logo após o governo federal publicar uma portaria que entraria em vigor no sábado (11), determinando a quarentena de 5 dias a quem não estiver com a imunização completa e queira entrar no Brasil por via aérea. 

No começo da tarde da sexta-feira no dia do ataque, o governo anunciou que a exigência do “passaporte de vacina” para entrar no país foi adiada para o sábado, dia 18 de dezembro.

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