As sandálias Havaianas voltaram ao centro do debate público após um comercial da marca gerar críticas de políticos de direita. Nas redes sociais, a reação foi imediata, com chamados a boicote de um lado e, de outro, consumidores prometendo comprar o tradicional chinelo em apoio à empresa.
Havaianas
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Em meio à polêmica, o perfil oficial da Havaianas ganhou 100 mil novos seguidores em poucas horas. Por trás da marca está a Alpargatas, que tem ações negociadas na B3, sob o código ALPA4. A trajetória recente dos papéis mostra um ciclo de forte volatilidade nos últimos seis anos, com momentos de euforia, quedas acentuadas e uma recuperação relevante em 2025.
De acordo com levantamento da consultoria Elos Ayta, em 2025 as ações da Alpargatas acumulam alta de 113,18% até o pregão desta terça-feira (23 de dezembro). No dia, até 16h34, os papéis registravam valorização de 3,76%, em linha com o movimento de reação observado ao longo do ano.
A consultoria analisou o comportamento dos papéis da Alpargatas ao longo de seis anos, destacando que o ciclo recente foi marcado por oscilações expressivas. Em 2019, a ação teve um salto de 143,83%, encerrando o ano a R$ 27,66. Em 2020, o movimento positivo continuou, mas em ritmo menor, com alta de 26,70% e cotação próxima de R$ 35,05.
Em 2021, porém, o cenário começou a mudar. Mesmo com o preço ainda em patamar elevado, em torno de R$ 31,10, o retorno anual ficou negativo em 11,27%, o que, segundo a análise, sinalizou o início de uma fase de ajuste mais profundo nos papéis.
O ponto mais crítico desse ciclo veio em 2022, quando a ação da Alpargatas registrou queda de 59,08% no ano, levando o preço a R$ 12,72. Esse movimento de correção se prolongou em 2023 e 2024, com novas desvalorizações anuais de 32,89% e 37,15%, respectivamente, e mínima próxima de R$ 5,37.
Em 2025, o gráfico de desempenho da companhia indica uma reação considerada relevante, com valorização de 113,18% no acumulado do ano e recuperação do preço para R$ 11,44. Esse patamar de desempenho não era observado desde 2019 e é visto pela consultoria como uma inflexão importante no comportamento recente do papel, após quatro anos consecutivos de perdas expressivas.
