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Médico salva as duas filhas de afogamento, mas morre em praia do Paraná
Anibal Okamoto Junior, de 38 anos, tentou resgatar as duas filhas em área sem guarda-vidas em Matinhos; reconhecido pela atuação no SUS e na saúde mental, ele teve a morte confirmada em UPA
24/12/2025 às 08:27por Redação Plox
24/12/2025 às 08:27
— por Redação Plox
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O psiquiatra Anibal Okamoto Junior, de 38 anos, morreu na tarde de domingo (21) ao tentar salvar as duas filhas de um afogamento em Matinhos, no litoral do Paraná, durante viagem de férias com a família. Segundo o Corpo de Bombeiros, as crianças estavam em uma área próxima às pedras de um espigão, fora do alcance do posto de guarda-vidas.
Família estava em viagem de férias em Matinhos, no litoral do estado paranaense.
Foto: Reprodução / Redes sociais.
Resgate com apoio de surfista e aeronave
De acordo com a corporação, em meio à correnteza, as duas meninas conseguiram deixar o mar pelas pedras, enquanto o médico passou a apresentar dificuldade para retornar à faixa de areia.
As crianças conseguiram sair da água pelas pedras, enquanto o homem passou a apresentar dificuldades. Ele foi inicialmente auxiliado por um surfista que estava no local e, posteriormente, retirado do mar pelas equipes acionadas. Apesar dos atendimentos prestados, o óbito foi constatado.
Corpo de Bombeiros
Uma aeronave foi utilizada no resgate, e a vítima chegou a ser encaminhada para atendimento em uma UPA, mas não resistiu.
Médico atuava em CAPS no Distrito Federal
Residente em Brasília, Okamoto trabalhava em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Álcool e Drogas. Nas redes sociais, amigos, pacientes e colegas destacaram sua atuação profissional e seu perfil humano, ressaltando o cuidado com os pacientes, a dedicação ao trabalho e a sensibilidade no atendimento em saúde mental.
Pacientes o descreveram como um médico atencioso, amável e presente no acompanhamento diário. Colegas de profissão lembraram seu compromisso com o Sistema Único de Saúde, a ética no exercício da psiquiatria e a postura acolhedora com quem trabalhava ao seu lado.
Homenagens e despedida em Brasília
Outros médicos que conviveram com Okamoto destacaram sua atuação como professor e formador, ressaltando a combinação de conhecimento técnico e postura humana. Relatos mencionam sua capacidade de perceber quando alguém do grupo não estava bem e a maneira como oferecia apoio, frequentemente com bom humor.
Em nota de pesar, o Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal afirmou que o psiquiatra deixou contribuição relevante para a medicina e para todos que conviveram com seu trabalho e sua humanidade, ressaltando sua trajetória marcada pelo cuidado, pela escuta e pelo acolhimento.
O velório foi marcado para esta quarta-feira, 24, às 9h, no Cemitério Campos da Esperança, em Brasília.