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Nutricionista da Emater-MG dá dicas para evitar intoxicação alimentar nas festas de fim de ano

Orientações incluem cuidados no preparo, armazenamento, transporte e consumo dos alimentos, com atenção à higiene, prazos de validade e tempo de exposição dos pratos

24/12/2025 às 10:34 por Redação Plox

Com a chegada das festas de fim de ano, a mesa ganha uma grande variedade de pratos e preparos especiais. Para que esses momentos sejam aproveitados sem riscos à saúde, é fundamental adotar boas práticas no preparo, armazenamento e consumo dos alimentos, garantindo uma alimentação segura para todos.

Uma das principais recomendações é o planejamento. Definir antecipadamente o que será servido e o número de convidados ajuda a calcular melhor as porções e a reduzir sobras e desperdícios.

Uma das principais recomendações é o planejamento. Definir antecipadamente o que será servido e o número de convidados ajuda a calcular melhor as porções e a reduzir sobras e desperdícios.

Foto: Divulgação/Agência Minas


De acordo com a nutricionista e extensionista da Emater-MG, Samira Tanure Fonseca, o consumo de alimentos ou água contaminados pode provocar intoxicações alimentares, que costumam se manifestar por sintomas como vômito, diarreia, dores abdominais e febre. Ela alerta que alterações na aparência, cor, textura ou odor são sinais de que o alimento não está seguro para consumo.

Samira destaca ainda que nem sempre o alimento contaminado apresenta mudanças perceptíveis. Itens com prazo de validade vencido, por exemplo, são considerados impróprios para consumo, mesmo que pareçam normais. A nutricionista reúne orientações para evitar desperdícios e, ao mesmo tempo, impedir que os pratos típicos dessa época se tornem um risco à saúde.

Como planejar as compras de fim de ano

Uma das principais recomendações é o planejamento. Definir antecipadamente o que será servido e o número de convidados ajuda a calcular melhor as porções e a reduzir sobras e desperdícios.

Na hora de comprar, é essencial verificar se os produtos estão dentro do prazo de validade e se os alimentos de origem animal têm carimbo de inspeção sanitária, como SIF, Sisbi ou SIM. Também é importante observar o estado das embalagens: latas estufadas, amassadas ou enferrujadas não devem ser adquiridas, assim como embalagens plásticas ou tetrapak rasgadas, furadas ou danificadas.

No caso de carnes congeladas, o consumidor deve conferir se estão firmes e sem presença de gelo ou água na embalagem, o que pode indicar descongelamento e recongelamento inadequados.

Transporte e chegada dos alimentos em casa

As altas temperaturas típicas do verão favorecem a multiplicação de bactérias. Por isso, após a compra, os alimentos refrigerados e congelados precisam ser guardados o mais rápido possível na geladeira ou no freezer, reduzindo o tempo em temperatura ambiente.

Cuidados no preparo e no armazenamento

A higiene é um dos pilares da segurança dos alimentos. Lavar bem as mãos, as superfícies e os utensílios antes de iniciar o preparo é etapa indispensável para evitar contaminações cruzadas.

Outra recomendação é utilizar utensílios diferentes para alimentos crus e cozidos, reduzindo o risco de transferência de microrganismos. Hortaliças, legumes e frutas devem ser devidamente higienizados e, quando necessário, submetidos a sanitização adequada.

As preparações cozidas que não forem consumidas de imediato precisam ser refrigeradas. O descongelamento de carnes e outros alimentos deve ser feito dentro do refrigerador, e não em temperatura ambiente, para diminuir o risco de proliferação de bactérias.

Para garantir o cozimento completo das carnes, é importante observar a mudança de cor e de textura. Já receitas que utilizam ovos crus, como maionese caseira e alguns tipos de mousse, devem ser evitadas, pois são potenciais fontes de transmissão de salmonela.

Tempo ideal para consumo dos pratos

Preparar os alimentos com muita antecedência não é recomendável. Pratos cozidos e alimentos perecíveis não devem permanecer expostos por mais de duas horas em temperatura ambiente.

Quando a temperatura estiver acima de 30°C, esse limite de tempo cai para apenas uma hora. Passado esse período, o risco de multiplicação de microrganismos aumenta significativamente, tornando o consumo menos seguro.

Como aproveitar as sobras com segurança

Após o término da refeição, os alimentos que não forem consumidos devem ser colocados rapidamente em recipientes com tampa e armazenados na geladeira, onde podem permanecer por até quatro dias, desde que mantidas boas condições de higiene e refrigeração.

Sobremesas preparadas com leite e derivados também exigem atenção: o armazenamento deve ser em geladeira e o consumo, preferencialmente, em até três dias, evitando exposição prolongada fora da refrigeração.

Para congelar sobras, a orientação é dividir em pequenas porções e identificá-las com etiquetas contendo a data de preparo, o que facilita o controle do tempo de armazenamento. Alimentos descongelados não devem ser recongelados, pois esse processo favorece a perda de qualidade e pode elevar o risco de contaminação.

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