O programa SP Mobile recuperou 15,9 mil celulares e devolveu 5,4 mil aparelhos às vítimas entre junho e novembro de 2025 no estado de São Paulo. Os dispositivos, roubados ou furtados, foram rastreados com base no número de identificação dos aparelhos, o IMEI, a partir do cruzamento de dados de boletins de ocorrência com informações fornecidas pelas operadoras de telefonia.
O sistema estadual integra de forma estruturada ações de prevenção e repressão a furtos e roubos de celulares. A iniciativa fortalece o enfrentamento ao crime organizado, aumenta a eficiência das investigações policiais e contribui para a segurança da população ao dificultar a circulação de aparelhos de origem criminosa.
Com cruzamento de dados e envio de alerta a usuários, sistema fortalece o combate ao crime organizado e acelera a devolução de aparelhos às vítimas.
Foto: Agência SP.
Para viabilizar a devolução, o SP Mobile identifica celulares reativados e envia alertas aos usuários, orientando sobre a regularização da situação. A mensagem informa que o aparelho consta como roubado ou furtado e indica que a pessoa deve ir a uma delegacia, relatar como adquiriu o celular e entregá-lo para que o bem seja devolvido à vítima.
Para que o sistema consiga localizar o aparelho, é necessário que a vítima registre um boletim de ocorrência e informe o número do IMEI. Sem essa informação, o rastreamento e a vinculação do aparelho ao crime ficam comprometidos.
O processo de identificação e notificação acelera as restituições e reforça o combate ao crime organizado ao desencorajar a circulação de aparelhos de origem criminosa. O mecanismo também atua diretamente contra o mercado de receptação, retirando de circulação produtos provenientes de roubos e furtos.
Entre junho e novembro, o sistema enviou 3,9 mil notificações: 824 em junho, 670 em setembro, 1.441 em outubro e 965 em novembro. No mesmo período, os resultados do programa mostraram crescimento consistente. Em junho, foram recuperados 1,3 mil celulares; em julho, 3 mil; em agosto, 1,5 mil; em setembro, 3,4 mil; em outubro, 2,3 mil; e em novembro, 4,2 mil.
O número de aparelhos devolvidos às vítimas também avançou no intervalo: foram 857 restituições em junho, 1.058 em julho, 794 em agosto, 1.344 em setembro, 645 em outubro e 718 em novembro, somando 5.416 celulares restituídos.
Para viabilizar a devolução, o SP Mobile identifica celulares reativados e envia alerta aos usuários, orientando sobre a regularização da situação.
Foto: Agência SP.
Segundo o coordenador do SP Mobile, delegado Rodolfo Latif Sebba, o objetivo primordial do programa é desestimular a comercialização de telefones de origem ilícita, desarticulando a cadeia logística das subtrações e atingindo diretamente o crime organizado.
Ao inibir o mercado de receptação, o programa ataca o incentivo financeiro que motiva os roubos e furtos - delegado Rodolfo Latif Sebba
De acordo com o delegado, os resultados expressivos consolidam o SP Mobile como uma ferramenta estratégica no combate ao crime organizado e na devolução de bens às vítimas, ao integrar tecnologia, investigação policial e cooperação com operadoras de telefonia.
Os reflexos da atuação do SP Mobile já aparecem nos indicadores criminais do estado, com redução nos registros de roubos e furtos de celulares. De janeiro a outubro deste ano, São Paulo registrou 215,5 mil ocorrências desse tipo de crime, uma queda de 5% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Segundo o coordenador do programa, esse impacto está diretamente ligado à estratégia de desestimular a receptação e retirar de circulação aparelhos de origem criminosa, enfraquecendo o incentivo financeiro que sustenta esse tipo de delito.
Para o delegado, a resposta rápida do SP Mobile, aliada à responsabilização dos receptadores e à conscientização da população, tem fortalecido a confiança nas instituições de segurança e consolidado o sistema como uma política pública eficaz no enfrentamento ao crime organizado.
