Senador propõe proibir ejaculação sem fins reprodutivos nos EUA
Projeto de lei sugere multas pesadas e levanta debate sobre igualdade de responsabilidades no controle da natalidade.
Por Plox
25/01/2025 07h03 - Atualizado há 13 dias
Nos Estados Unidos, o senador democrata Bradford Blackmon, do estado do Mississippi, apresentou um projeto de lei controverso que propõe tornar ilegal a ejaculação sem a intenção de “fertilizar um embrião”. A iniciativa, batizada de Lei Contracepção Começa na Ereção, foi formalizada na última segunda-feira, dia 20, e tem gerado debates intensos.

Foco no papel masculino no debate sobre contracepção
Em comunicado à WLBT News, o senador destacou a necessidade de incluir os homens na discussão sobre contracepção. Segundo ele, o foco predominante das leis e discussões relacionadas ao controle de natalidade e aborto recai sobre as mulheres, mesmo que os homens sejam parte integral desse processo.
– "Em todo o país, especialmente aqui no Mississippi, a maioria das leis relacionadas à contracepção e ao aborto focam no papel do mulher, quando os homens são 50% da equação", afirmou Blackmon.
Proibição da masturbação e outras atividades sexuais
O texto da proposta prevê a criminalização de atividades que envolvam a “expulsão de material genético (esperma) sem intenção de fertilizar um embrião”. Isso inclui, por exemplo, a masturbação. Entretanto, o projeto inclui exceções específicas, como casos de doação de esperma e o uso de métodos contraceptivos.
Multas elevadas para quem infringir a lei
O descumprimento da lei acarretaria penalidades financeiras rigorosas. A primeira infração resultaria em uma multa de 1 mil dólares (aproximadamente R$ 5,92 mil). Em caso de reincidência, o valor subiria para 5 mil dólares (cerca de R$ 29,58 mil), e novas violações poderiam alcançar multas de até 10 mil dólares (cerca de R$ 59,16 mil).
Primeiro mandato e polêmica legislativa
Bradford Blackmon está em seu primeiro mandato como senador, e esta proposta já marca sua atuação com polêmicas que visam chamar a atenção para a questão do controle de natalidade. A proposta, embora vista como simbólica por alguns, levanta questionamentos sobre igualdade de responsabilidades entre homens e mulheres no que diz respeito à reprodução e contracepção.