Bebê de três meses com intussuscepção intestinal é tratado sem cirurgia em Fabriciano

Neste mês de fevereiro, o Hospital Metropolitano Vale do Aço (HMVA) realizou com sucesso um procedimento para intussuscepção intestinal em um bebê de três meses. A intervenção foi conduzida pelo cirurgião pediátrico Dr. Ronaldo Araújo Abreu (CRM 15179-MG), com a colaboração da radiologista Dra. Camila Moraes (CRM 69825-MG). O método utilizado, chamado redução manométrica hidrostática com soro fisiológico guiado por ultrassom, permitiu a resolução do problema de forma rápida e sem necessidade de cirurgia.

Este é o segundo caso tratado com essa técnica pelo Dr. Ronaldo no HMVA. O primeiro ocorreu há nove anos, em um bebê de dois meses.

Sintomas e diagnóstico

A bebê chegou ao pronto-socorro do hospital com dor abdominal e sangue nas fezes. O Dr. Ronaldo realizou uma avaliação inicial e encaminhou a paciente para ultrassonografia, conduzida pela Dra. Camila.

Examinei a criança, conversei com a mãe e aguardei o ultrassom. Os exames laboratoriais estavam normais. A Dra. Camila fez a ultrassonografia e evidenciou uma imagem suspeita de invaginação intestinal e adenite mesentérica", relatou o pediatra.

Com o diagnóstico confirmado, a mãe autorizou a realização do procedimento minimamente invasivo.

Como foi feito o tratamento?

A redução da invaginação intestinal foi realizada na própria sala de ultrassom, sem necessidade de cirurgia. O procedimento foi explicado pela Dra. Camila:

Foi colocada uma sonda retal na paciente e injetamos soro fisiológico através dela. Pelo ultrassom, eu conseguia visualizar o intestino se enchendo de líquido. Quando o líquido encontrou resistência, o Dr. Ronaldo continuou injetando cuidadosamente, até que a pressão empurrou a alça do intestino e desfez a invaginação", detalhou a radiologista.

A intervenção durou cerca de 20 minutos e ocorreu na presença da mãe. Após o procedimento, a bebê permaneceu em observação no pronto-socorro, foi alimentada e liberada quando não apresentava mais sangue nas fezes.

Recuperação e acompanhamento

Após 48 horas, a paciente retornou ao hospital para um ultrassom de controle, que não detectou nenhuma obstrução intestinal. No dia seguinte, na consulta de acompanhamento com o Dr. Ronaldo, foi confirmada a recuperação completa, sem sinais da doença.

O cirurgião pediátrico destacou a importância desse procedimento, que além de ser rápido e seguro, evita a necessidade de uma cirurgia abdominal, reduzindo riscos de complicações e cicatrizes.

Este procedimento, pela sua simplicidade, eficácia e curtíssimo tempo de execução, pode ser realizado por outros pediatras capacitados do HMVA", afirmou Dr. Ronaldo, incentivando a adoção da técnica em novos casos.