Novo pronunciamento de Bolsonaro na saída do Alvorada divide opiniões

Por Plox

25/03/2020 16h59 - Atualizado há cerca de 4 anos

Um novo pronunciamento feito pelo presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, enquanto saia do Palácio do Alvorada, em Brasília-DF, dividiu opiniões nas redes sociais. Apoiadores do presidente e críticos fomentaram uma polêmica envolvendo o isolamento imposto por alguns governadores dos estados e do Distrito Federal. 

Screenshot 8 Foto: Reprodução

 

No pronunciamento, Bolsonaro citou a situação de trabalhadores autônomos e de empresas que tiveram o trabalho paralisado devido às medidas de quarentena impostos pelos estados. O presidente disse também que não é possível separar os impactos econômicos dos sociais, uma vez que sem dinheiro, as pessoas teriam dificuldade para sobreviver. 

Ainda no pronunciamento dado à imprensa, Bolsonaro disse que “temos que proteger os idosos e pessoas com doenças crônicas”, mas que temos que “botar esse povo [pessoas fora dos grupos de risco] para trabalhar”. 

O presidente também citou a onda de protestos no Chile, no final de 2019, e disse que caso a economia entre entre em colapso, saques em supermercados poderiam acontecer e, o que aconteceu no Chile, seria “fichinha” para o que aconteceria no Brasil. 

Reações

Nas redes sociais apoiadores defenderam as falas do presidente, dizendo que “ficar em casa” faria com que as pessoas ficassem sem dinheiro e que a quarentena total poderia fazer com que pessoas morressem de fome. 

Críticos rechaçaram as falas do presidente, dizendo que pessoas fora do grupo de risco poderiam trazer a doença para perto daqueles que estão isolados. 

Governadores 

O governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha disse que não é hora de politizar, e que “Bolsonaro tem um pouco de razão” e que “municípios pequenos, sem qualquer caso de coronavírus, estão fechando”, mas o governador também disse que isso não se aplica para cidades como São Paulo e Rio de Janeiro.

O governador do estado de Goiás, Ronaldo Caiado, que foi responsável pela indicação do ministro da Saúde José Henrique Mandetta, disse que rompeu com o Governo Federal e que “não tem mais diálogo com esse homem [Bolsonaro]. As coisas têm que ter um ponto final”. 

João Dória, governador de São Paulo, o estado que até então foi o mais atingido pela pandemia no país, mostrou-se como o principal antagonista do governo, e segue criando vários embates diretos e indiretos com o presidente. 

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