Morte de jovem brasileiro-palestino em prisão israelense gera cobrança do governo
Walid Khaled Abdullah Ahmed, de 17 anos, estava detido por suspeita de agredir militar; caso provoca reação diplomática
Por Plox
25/03/2025 09h38 - Atualizado há 7 dias
A morte do jovem brasileiro de origem palestina Walid Khaled Abdullah Ahmed, de 17 anos, dentro de uma prisão israelense, está mobilizando o governo brasileiro, que cobra explicações formais por meio de canais diplomáticos.

Walid estava preso na unidade de Megiddo desde setembro do ano passado, sob a acusação de ter agredido um militar israelense. As autoridades brasileiras, tanto diplomáticas quanto consulares, acompanhavam o caso desde a detenção, ocorrida na Cisjordânia.
A Embaixada do Brasil em Israel já solicitou informações ao governo local sobre a morte do jovem, mas até o momento, segundo fontes do Itamaraty, não houve retorno nem manifestação pública por parte de Israel. O governo brasileiro, por sua vez, ainda não se posicionou oficialmente sobre o ocorrido.
Segundo informações divulgadas no domingo pela Federação Árabe Palestina do Brasil, Walid morreu em circunstâncias suspeitas. A entidade acusa Israel de permitir práticas de tortura dentro da prisão, alegações que o governo israelense nega.
O Escritório de Representação do Brasil em Ramallah está oferecendo apoio à família de Walid, auxiliando na obtenção de mais informações e nos trâmites relacionados aos procedimentos funerários.
A ONG Defesa das Crianças Internacional - Palestina informou que o caso foi reportado à Comissão de Assuntos de Presos e Ex-Presos. Além disso, o Gabinete de Ligação Palestino teria comunicado à família que o adolescente sofria de doenças como disenteria amebiana e sarna, ainda durante seu tempo de detenção.
A situação segue sendo acompanhada de perto pelas autoridades brasileiras, enquanto se aguarda uma resposta oficial do governo israelense sobre as causas e circunstâncias da morte do jovem.