Alimentos ultraprocessados ficarão fora do Imposto Seletivo
Novo imposto incidirá sobre bebidas alcoólicas, cigarros, veículos poluentes e mais, mas deixa de fora alimentos ultraprocessados
Por Plox
25/04/2024 14h21 - Atualizado há 7 meses
O governo enviou ao Congresso um projeto de lei que regulamenta o Imposto Seletivo, parte da reforma tributária do consumo, optando por não incluir os alimentos ultraprocessados no novo tributo, apesar das recomendações de saúde pública. O projeto, apresentado na quarta-feira, abrange produtos considerados prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, mas isenta itens como biscoitos recheados e sorvetes.
- Bebidas alcoólicas:
- A taxação será proporcional ao teor alcoólico, seguindo diretrizes globais de saúde. A indústria cervejeira e os produtores de bebidas destiladas divergem sobre as alíquotas.
- Cigarros:
- A alíquota será ajustada de acordo com os níveis de nicotina e alcatrão.
- Veículos e embarcações:
- O imposto variará conforme a poluição gerada e a incorporação de tecnologias sustentáveis. Veículos com baixa emissão de carbono e alta reciclabilidade terão alíquota zero.
- Petróleo e minérios:
- Será cobrada uma alíquota de até 1% sobre o valor de mercado, com incidência também sobre as exportações, apesar de potenciais desafios legais.
Exclusão de ultraprocessados:
Contrariando as solicitações de entidades de saúde, o governo decidiu não aplicar o Imposto Seletivo a alimentos ultraprocessados. Em março, personalidades como Drauzio Varella e chefs renomados haviam manifestado apoio à taxação desses produtos através de um manifesto público.
O projeto ainda precisa ser aprovado pelo Congresso, onde pode ser objeto de debates intensos, especialmente no que tange à exclusão dos ultraprocessados e à tributação de exportações.