Banimento do TikTok é disputa dos EUA com China, dizem pesquisadores
Lei exige venda da plataforma chinesa ByteDance ou enfrentará proibição no país
Por Plox
25/04/2024 17h43 - Atualizado há 7 meses
Uma lei recentemente aprovada pelo presidente Joe Biden pode proibir o TikTok nos EUA se a ByteDance, proprietária chinesa, não vender a rede social. O prazo para esta venda é de 270 dias, podendo ser estendido para um ano.
Razões para a proibição:
Apoiadores do projeto acreditam que a relação entre a ByteDance e a China representa uma ameaça à segurança nacional americana, principalmente pela coleta de dados dos usuários. Uma batalha judicial é prometida pelos chineses na Suprema Corte dos EUA.
Segundo o professor Sergio Amadeu, o sucesso do TikTok deve-se ao seu algoritmo avançado, que personaliza conteúdo para manter os usuários engajados. A plataforma tem mais de 170 milhões de usuários ativos nos EUA, contrastando com a perda de usuários em outras redes como o ex-Twitter.
Diferença de tratamento de dados:
Paulo Rená, especialista em Direito, Inovação e Tecnologia, critica a abordagem do governo dos EUA, argumentando que não há evidências de que o TikTok seja mais invasivo que outros aplicativos. Ele menciona que a venda do TikTok poderia facilitar o controle americano sobre a plataforma.
Comparação com espionagem dos EUA:
Sergio Amadeu também aponta que, apesar das alegações de espionagem chinesa através do TikTok, os EUA têm seu próprio histórico de vigilância, como revelado por Edward Snowden.
Geopolítica e liberdade de expressão:
O debate sobre o banimento do TikTok também envolve questões de liberdade de expressão nos EUA, uma nação que valoriza altamente este direito. Além disso, o caso é visto como parte de uma disputa geopolítica maior entre EUA e China, com impactos potenciais na soberania tecnológica global