Biden sanciona lei que ameaça a presença do TikTok nos EUA
Temor por coleta de dados impulsiona decisão governamental
Por Plox
25/04/2024 10h44 - Atualizado há 7 meses
Em uma movimentação significativa no cenário tecnológico e geopolítico, o presidente Joe Biden assinou ontem, 24 de abril de 2024, uma lei que estabelece um possível fim da operação do TikTok nos Estados Unidos. A legislação aprovada exige que a ByteDance, empresa chinesa responsável pelo popular aplicativo de vídeos curtos, venda sua operação americana a uma empresa local dentro de um prazo estipulado para evitar sua proibição no país.
A partir da data da assinatura, a ByteDance terá 270 dias para concluir a venda, com a possibilidade de estender esse período por mais 90 dias. Caso não cumpra essa condição, o TikTok será obrigado a cessar suas atividades no mercado norte-americano.
O cerne dessa decisão legislativa se baseia nas preocupações com a segurança nacional, especificamente em relação à coleta de dados confidenciais dos usuários pelo TikTok. Essa coleta é vista pelo governo americano como um potencial risco, levando à necessidade de medidas drásticas para proteger a privacidade e a segurança dos cidadãos americanos.
Diante da nova lei, Show Zi Crew, presidente-executivo do TikTok, expressou descontentamento e anunciou que a empresa buscará formas de reverter a situação. Crew alega que a legislação não só prejudicaria a operação de 7 milhões de empresas que utilizam a plataforma como meio de negócio, mas também silenciaria a voz de cerca de 170 milhões de usuários americanos.
Em um comunicado veemente, Crew afirmou: “Fiquem tranquilos, não vamos a lugar algum. Os fatos e a Constituição estão do nosso lado e esperamos prevalecer novamente.” Com isso, ele sinaliza a intenção da empresa de lutar judicialmente pela reversão da decisão, destacando a confiança no embasamento legal e constitucional para manter as operações da rede social nos Estados Unidos.