Fernando Collor é preso por corrupção e lavagem de dinheiro
Ex-presidente se torna o terceiro chefe do Executivo brasileiro detido por crimes revelados na Operação Lava Jato
Por Plox
25/04/2025 08h41 - Atualizado há 3 dias
Fernando Collor de Mello, ex-presidente da República, foi preso na madrugada desta sexta-feira (25) em sua residência, localizada em Maceió. A prisão foi decretada após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), e marca mais um capítulo nas consequências judiciais da Operação Lava Jato. Condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Collor cumprirá pena em regime fechado.

Com a detenção, Collor se junta a Michel Temer e Luiz Inácio Lula da Silva, outros dois ex-presidentes que também foram presos em decorrência de desdobramentos da operação. Lula, que atualmente ocupa novamente a Presidência, foi preso em abril de 2018, após ser condenado pelo então juiz Sérgio Moro. Ele permaneceu na prisão por 1 ano e 7 meses, até ser libertado em novembro de 2019, quando o STF decidiu que réus condenados em segunda instância não poderiam ser presos. Posteriormente, as condenações do petista foram anuladas.
Já Michel Temer, que assumiu o Palácio do Planalto após o impeachment de Dilma Rousseff, foi preso em março de 2019. O mandado partiu do juiz Marcelo Bretas, responsável pela Lava Jato no Rio de Janeiro. No entanto, quatro dias depois, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região determinou sua soltura.
Collor, que ocupou a presidência entre 1990 e 1992, deixou o cargo ao renunciar em meio a um processo de impeachment. Apesar de ter sido absolvido pelo STF em 1994 de uma acusação de corrupção passiva, sua trajetória política continuou. De 2007 até 2023, ele foi senador por Alagoas. Em 2022, tentou o governo do estado pelo PTB, mas não teve sucesso, terminando a disputa em terceiro lugar.
\"Collor vai cumprir pena em regime fechado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro\", destacou a decisão judicial que autorizou a prisão
. A operação Lava Jato, desde seu início, já levou diversas figuras do alto escalão político brasileiro à Justiça, sendo Collor o mais recente a enfrentar as consequências legais.