Suspeito de ter cometido exploração sexual e extorsão de adolescente em Minas é preso em Brasília

Investigações revelaram que o suspeito vinha chantageando a mãe e a filha, exigindo dinheiro para não divulgar as imagens explícitas do abuso

Por Plox

25/05/2023 07h27 - Atualizado há mais de 1 ano

Na última quarta-feira (24), em Brasília, Distrito Federal, um homem de 18 anos foi detido sob suspeita de exploração sexual de uma jovem de 13 anos, residente em Pirapora, no Norte de Minas Gerais. De acordo com a Polícia Civil, o suspeito teria filmado o abuso sexual e comercializado as imagens na rede mundial de computadores. Além disso, há indícios de que ele também ameaçava a adolescente e sua família.

Investigações revelaram que o suspeito vinha chantageando a mãe e a filha, exigindo dinheiro para não divulgar as imagens explícitas do abuso. Ao mesmo tempo, usando a identidade da jovem, criava anúncios de programas sexuais na internet, com pagamento antecipado. Contudo, quando os contratantes chegavam aos locais indicados para os supostos encontros e não encontravam ninguém, passaram a ameaçar a adolescente.

Esquema criminoso envolve mais um suspeito

A Polícia Civil destacou que o dinheiro obtido através dos golpes e da venda dos vídeos era encaminhado para um segundo suspeito, um homem de 23 anos, que também está sendo investigado. Além da prisão do jovem de 18 anos, foram cumpridos mandados de busca e apreensão, e diversos equipamentos eletrônicos foram apreendidos para auxiliar na investigação.

A operação, batizada de Medusa, remete à mitologia grega. Segundo o mito, Posseidon, furioso por ter perdido uma grande guerra para Atena, estuprou sua mais devota sacerdotisa, Medusa. Atena, por sua vez, culpou Medusa pelo ocorrido e a amaldiçoou.

O crime de estupro de vulnerável no Brasil

No Brasil, qualquer relação sexual ou ato libidinoso realizado contra menores de 14 anos é considerado estupro de vulnerável, mesmo que haja consentimento. O crime, descrito no artigo 217-A do Código Penal Brasileiro, prevê uma pena de prisão de 8 a 15 anos em regime fechado. A pena pode ser aumentada em caso de agravantes.

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