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Polícia
Levantamento da USP revela que maioria dos estados usa gravação ininterrupta nas câmeras corporais
Novo edital do governo Tarcísio de Freitas permite escolha de gravação por policiais em São Paulo; diretrizes nacionais serão anunciadas em breve
25/05/2024 às 15:28por Redação Plox
25/05/2024 às 15:28
— por Redação Plox
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Novo edital do governo Tarcísio de Freitas permite que policiais escolham quando gravar em São Paulo; diretrizes nacionais serão anunciadas na próxima terça-feira.
Foto: Divulgação/Secom/GESP
A maioria dos estados que adotam câmeras corporais na Polícia Militar opera com gravação contínua, revela um estudo exclusivo do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP). O levantamento, obtido pelo g1, destaca que a gravação ininterrupta tem contribuído significativamente para a redução da letalidade policial e do uso indiscriminado da força, além de oferecer proteção jurídica aos agentes.
Mudanças em São Paulo
Na última quarta-feira (22), o governo Tarcísio de Freitas lançou um edital para a aquisição de novas câmeras corporais, alterando o sistema de gravação contínua para gravação intencional, onde os policiais escolhem quando registrar as ocorrências. Essa mudança foi alvo de críticas de entidades de segurança pública e direitos humanos. Eles afirmam que a gravação contínua é crucial para a transparência e a redução da violência policial.
Estados com gravação contínua
O levantamento do NEV-USP, baseado em dados da Lei de Acesso à Informação e outras fontes, identificou que os estados da Bahia, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro e Roraima utilizam a gravação contínua. Em contrapartida, nos estados do Ceará e Espírito Santo, as câmeras são utilizadas apenas pela Polícia Penal, enquanto Santa Catarina e Rio Grande do Norte adotam um sistema semelhante ao novo modelo de São Paulo, com gravação acionada apenas durante as ocorrências.
Influência de São Paulo
Daniel Edler, pesquisador do NEV-USP, destacou a influência de São Paulo na implementação de câmeras corporais no Brasil. "Tem policiais do país inteiro indo para São Paulo. O próprio Ministério da Justiça, quando foi criar sua nota técnica sobre as câmeras corporais, se valeu muito da experiência de São Paulo. Acabou sendo talvez o maior caso de sucesso do Brasil, que virou de fato uma grande influência para as outras polícias." Edler mencionou que a gravação contínua em São Paulo resultou em uma redução de 57% no uso da força letal e 63% na agressão.
Estados sem câmeras corporais
Os estados do Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Sul, Sergipe e Tocantins ainda não implementaram sistemas de câmeras corporais. Em Rondônia, a Polícia Militar utiliza câmeras individuais, mas detalhes sobre o funcionamento não foram divulgados, sendo classificados como secretos.
Diretrizes nacionais
Na próxima terça-feira (28), o governo federal deve anunciar diretrizes nacionais para o uso de câmeras corporais. O Ministério da Justiça considera que há evidências científicas de que essas câmeras reduzem o uso da força e as reclamações sobre a conduta policial. Essas diretrizes influenciarão os repasses de recursos dos fundos Nacional de Segurança Pública e Penitenciário Nacional.
Justificativa da mudança
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) justificou a mudança apontando problemas de autonomia de bateria e custos elevados de armazenamento como motivos para a alteração. A gestão Tarcísio de Freitas afirma que os novos equipamentos serão mais modernos e tecnológicos, com capacidades adicionais como identificação de foragidos e placas de veículos roubados. Além disso, os registros poderão ser compartilhados automaticamente com o Ministério Público e o Poder Judiciário, conforme a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
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