Caminhoneiro burla mais de 100 pedágios usando linha de pesca
Homem foi preso na BR-153, em Goiás, após ser flagrado escondendo parte da placa do caminhão com um cartão e uma linha de pesca
Por Plox
25/05/2025 13h17 - Atualizado há 2 dias
Um caminhoneiro de 40 anos foi preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) após ser flagrado utilizando um método incomum para esconder parte da placa do veículo e evitar o pagamento de pedágios. A prisão ocorreu na noite da última quarta-feira (21), no quilômetro 609 da BR-153, em Morrinhos, no estado de Goiás.

De acordo com as autoridades, o homem usava uma linha de pesca conectada a um cartão de crédito, mecanismo que permitia cobrir a terceira letra da placa dianteira do caminhão. Com esse artifício, o sistema de leitura automática das praças de pedágio não conseguia identificar completamente o veículo, o que permitiu que ele escapasse da cobrança em mais de 100 ocasiões.

A operação foi descoberta após a concessionária responsável pela rodovia perceber uma irregularidade recorrente: uma carreta passava repetidamente pelos pedágios com parte da placa encoberta. A empresa acionou a PRF, que passou a monitorar o caminhão até localizá-lo e realizar a abordagem.
Durante a fiscalização, os policiais confirmaram a fraude. Dentro da cabine do caminhão, encontraram o dispositivo improvisado: o cartão era manipulado com precisão para encobrir a letra da placa e, quando necessário, especialmente ao se aproximar de câmeras ou patrulhas, o motorista puxava a linha para mostrar a identificação corretamente.
“Ele manipulava o objeto enquanto o caminhão estava em movimento. Quando notava a aproximação de autoridades ou câmeras de monitoramento, puxava rapidamente a linha para revelar a placa e tentar passar despercebido”
, detalhou a PRF em nota oficial.
Após ser detido em flagrante, o motorista foi levado à Central de Flagrantes de Caldas Novas, onde responderá por adulteração de sinal identificador de veículo, crime previsto no artigo 311 do Código Penal Brasileiro. A pena pode chegar a até seis anos de reclusão.
A atuação da PRF e da concessionária foi essencial para desmontar o esquema que causava prejuízo aos sistemas de cobrança das rodovias e comprometia a segurança viária ao dificultar a identificação de veículos em situação irregular.