Companhia aérea ignora decisão da Justiça e cancela voo após negar embarque de cão de criança autista
TAP se recusou a transportar cão de serviço treinado para auxiliar menina autista, provocando o cancelamento de um voo internacional no aeroporto do Galeão
Por Plox
25/05/2025 12h55 - Atualizado há 2 dias
Um voo da companhia aérea TAP Air Portugal que partiria do Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, com destino a Lisboa, foi cancelado na tarde de sábado (24) após a empresa se recusar a seguir uma ordem judicial. A decisão autorizava o embarque de Tedy, um cão de serviço treinado para auxiliar uma criança autista de 12 anos que vive em Portugal.

O animal deveria ser transportado pela irmã da menina, Hayanne, que viajaria para encontrar a família. A criança, que é autista não-verbal e enfrenta crises de ansiedade e agressividade, teria apresentado uma piora no estado emocional ao saber que o cão não embarcaria como previsto.
Apesar da liminar expedida pela 5ª Vara Cível de Niterói, determinando que o animal fosse levado na cabine, a companhia aérea alegou que o transporte contrariava seu Manual de Operações, aprovado por autoridades portuguesas, e colocaria em risco a segurança do voo. Como resultado da recusa, o gerente da TAP foi autuado pela Polícia Federal por descumprimento da ordem judicial.
Em comunicado, a TAP afirmou que a prioridade máxima é a segurança de passageiros e tripulação. Justificou que o embarque do cão com uma pessoa que não é a própria beneficiária do serviço — no caso, a irmã da criança — inviabilizaria o transporte como cão de apoio. A empresa também declarou que alternativas foram oferecidas, mas não aceitas pelos tutores do animal.
A companhia lamentou o ocorrido e reforçou que, mesmo diante de ordens judiciais, não colocará em risco a segurança a bordo de seus voos.