PT barra candidatura de Dani Nunes após retirada de apoio

A candidatura da turismóloga Dani Nunes ao cargo de presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) foi indeferida na quarta-feira, 21 de maio, após a retirada de uma das assinaturas que validavam seu registro junto ao Diretório Nacional.

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Conforme determina o regulamento do Processo de Eleição Direta (PED) de 2025, eram necessárias cinco assinaturas de membros do diretório para formalizar a inscrição. Dani, que é transexual, chegou a reunir os apoios exigidos, mas um dos signatários voltou atrás, o que, segundo a direção do partido, tornou a candidatura inválida.

Em suas redes sociais, Dani expressou indignação com o ocorrido e afirmou ter sido surpreendida com a decisão. “Meu chão ruiu. Não esperava que a atitude individual de uma pessoa pudesse comprometer toda uma trajetória de luta, minha e de tantos companheiros e companheiras”, declarou.

A exclusão de Dani da disputa motivou reações dentro do próprio partido. A corrente interna Raízes do PT, da qual ela faz parte, emitiu nota classificando o indeferimento como um ato de “violência política de gênero e raça”. O grupo criticou o gesto como “arbitrário e injusto”, apontando que a retirada da assinatura carece de respaldo legal, conforme interpretação do próprio regulamento.

– Qual é o medo de uma candidatura construída por pessoas negras, indígenas, LGBTQIA+, periféricas e antirracistas? – questiona o comunicado da corrente.

A direção nacional do PT, no entanto, se posicionou de maneira contrária, destacando que a desclassificação de Dani Nunes ocorreu única e exclusivamente por conta do não cumprimento das normas do processo eleitoral interno. A eleição para a presidência do partido está prevista para o dia 6 de julho.

Com a exclusão de Dani Nunes da corrida, seguem como candidatos Edinho Silva, Valter Pomar, Romênio Pereira e Rui Falcão.