Zema anuncia viagem a El Salvador para conhecer modelo de segurança de Bukele

Governador de Minas planeja ir ao país da América Central ao lado do secretário de Segurança para avaliar ações que reduziram drasticamente os índices de violência local

Por Plox

25/05/2025 09h44 - Atualizado há 2 dias

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), revelou que pretende visitar El Salvador nas próximas semanas para conhecer de perto o plano de segurança pública adotado pelo presidente Nayib Bukele.


Imagem Foto:Marcello Casal Jr / Agência Brasil / Alex Peña / GetttyI


Acompanhado pelo secretário de Justiça e Segurança Pública de Minas, Rogério Greco, Zema quer entender como o governo salvadorenho conseguiu promover uma expressiva redução nos índices de criminalidade. A viagem foi mencionada pelo governador em entrevista à Revista Oeste, onde ele exaltou os resultados do modelo implantado no país da América Central.


\"Nas próximas semanas eu vou com o meu secretário de segurança, a El Salvador, para conhecer o programa de combate ao crime talvez mais bem-sucedido da história da humanidade. A criminalidade em El Salvador caiu 98% em 4 anos, com uma medida muito simples. Bandido preso, e não bandido na rua\", declarou Zema.



Embora tenha evitado confirmar que a viagem está ligada a um possível projeto para concorrer à presidência da República em 2026, o governador não descartou a intenção futura. \"A legislação penal é tratada hoje a nível nacional. Mas eu quero ir lá. Dá para trazer alguma coisa para o estado de Minas, com certeza. Mas quem deveria ir, na minha opinião, quem é presidente\", ponderou.


O governo de Bukele tem divulgado números que apontam uma queda de aproximadamente 70% no número de homicídios entre 2019 e 2023. Antes das medidas, El Salvador era considerado, em 2015, o país mais violento do mundo fora de zonas de guerra. Atualmente, o presidente afirma que o território está entre os mais seguros das Américas.



No entanto, entidades como a Human Rights Watch e a Anistia Internacional levantam preocupações sobre os métodos empregados no país. Desde o início do chamado “regime de exceção”, mais de 70 mil pessoas foram presas, muitas delas sem acusações formalizadas ou direito à defesa adequada, conforme relatos dessas organizações. Há também denúncias de desaparecimentos, mortes sob custódia e tortura.



Zema parece disposto a observar os resultados de perto, mesmo diante das críticas internacionais. A visita pode influenciar possíveis adaptações em políticas estaduais de segurança pública e alimentar especulações sobre o futuro político do governador mineiro.


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