STF cobra plano de devolução a vítimas de fraudes no INSS

União e INSS têm até 15 de julho para apresentar proposta de ressarcimento e sanções às entidades envolvidas

Por Plox

25/06/2025 07h40 - Atualizado há 1 dia

Durante uma audiência de conciliação conduzida pelo ministro Dias Toffoli, o Supremo Tribunal Federal (STF) estabeleceu um prazo até 15 de julho para que a União e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) apresentem um plano de ressarcimento aos aposentados e pensionistas prejudicados por descontos indevidos, frutos de fraudes identificadas no sistema.


Imagem Foto: STF


O acordo, firmado nesta terça-feira (24), envolve também a inclusão de medidas punitivas às entidades e associações ligadas aos esquemas fraudulentos. A proposta deverá ainda contar com a colaboração da Advocacia-Geral da União (AGU), que se comprometeu a ouvir o Ministério Público Federal (MPF), a Defensoria Pública da União (DPU) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) na elaboração do plano.



Essa iniciativa é parte da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 1236, em que a AGU solicita, entre outras providências, a autorização do STF para abertura de crédito extraordinário destinado ao custeio dos pagamentos. No entanto, Toffoli ressaltou que a responsabilidade por esse tipo de deliberação pertence ao Poder Legislativo.



Entre as diretrizes apontadas por Toffoli está a devolução total dos valores aos segurados, independentemente da apuração de culpa das associações envolvidas. O ministro também determinou que os valores devolvidos devem seguir o mesmo índice de correção aplicado aos benefícios previdenciários. Além disso, o processo deve ser conduzido com agilidade e eficiência, respeitando os limites fiscais e orçamentários definidos tecnicamente e com base na jurisprudência da Corte.


\"O ressarcimento deve ser integral e priorizar pessoas hipervulneráveis, como indígenas, quilombolas e idosos com mais de 80 anos\"

, destacou o ministro Toffoli. Entretanto, ele assegurou que todos os prejudicados, mesmo fora desse grupo prioritário, terão direito ao reembolso de forma célere.

Participaram da audiência, além dos representantes da AGU, INSS, MPF e DPU, o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, um representante do Ministério do Planejamento e Orçamento e o subprocurador-geral da República, Nicolao Dino.


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