Tarifa zero no transporte coletivo de Juiz de Fora pode gerar crescimento no PIB

Prefeita Margarida Salomão detalha projeto de gratuidade no transporte com subsídio de grandes empresas e prevê aumento de 10% no PIB da cidade

Por Plox

25/06/2025 10h59 - Atualizado há 1 dia

Em Juiz de Fora, a implementação da tarifa zero no transporte coletivo urbano pode ser viabilizada por grandes empresas da cidade, que deverão arcar com uma parte do custo. A prefeita Margarida Salomão (PT) explicou durante entrevista ao programa Café com Política, transmitido no YouTube, que o subsídio atual já pago pelo município não será alterado com a implementação da gratuidade.


Imagem Foto: Câmara dos Deputados


O projeto de gratuidade foi protocolado na Câmara Municipal no dia 23 de junho e tem como objetivo transformar o transporte público gratuito para a população. A ideia é que um fundo de transporte seja criado, com a contribuição das empresas com mais de 10 funcionários, que terão que pagar pela tarifa técnica de transporte, de forma similar ao vale-transporte, mas sem isenção de custo para essas empresas. Já pequenos negócios, com até 10 empregados, não serão cobrados.



Atualmente, o município subsidia cerca de um terço das passagens de ônibus, com um custo mensal de aproximadamente R$ 10 milhões, que são retirados do Tesouro Municipal. O valor total do sistema de transporte é em torno de R$ 30 milhões, sendo que os outros R$ 20 milhões são cobertos pela arrecadação das tarifas pagas pelos usuários. A proposta da prefeitura, com o aporte das grandes empresas, garante a tarifa zero, sem novos custos para a administração pública.



A prefeita Margarida Salomão destacou que o modelo de tarifa zero trará benefícios econômicos para a cidade, com previsão de aumento de até 10% no PIB local nos próximos anos. De acordo com ela, a medida beneficiará principalmente as pequenas empresas da cidade, pois 85% das empresas de Juiz de Fora possuem até 10 funcionários, e essas estarão isentas da contribuição. A ideia é que, com o dinheiro economizado na compra de passagens, as famílias possam investir em outros bens e serviços essenciais, fomentando o comércio local.



Além disso, Margarida Salomão segue defendendo a criação de um fundo nacional de transportes, com a contribuição da União e dos estados, para diminuir o impacto nos cofres municipais. Com isso, a prefeitura poderá reduzir sua contribuição para o sistema de transporte, sem prejudicar a gratuidade para a população. A prefeita acredita que o aumento do PIB, previsto com a implementação do projeto, será um reflexo do fortalecimento da economia local e das empresas da cidade, além de garantir o direito à mobilidade urbana.


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