Um cubano que atuava pelo programa Mais Médicos e estava desempregado há sete meses, conseguiu uma vaga de auxiliar de escritório em uma funerária de Parnaíba (PI). Raymel Kessel, de 39 anos, que é casado com uma piauiense, até tentou colocação no mercado como gari, mas não conseguiu a vaga por ter diploma de médico.
Raymel feliz em seu novo emprego- Foto: Arquivo Pessoal
Ele está no Brasil desde o meio de 2014, e mesmo após a dispensa do Mais Médicos resolveu continuar no país, mesmo passando dificuldades financeiras e sem emprego. Na área administrativa, ele realiza cadastros de clientes em seu trabalho que iniciou na última segunda-feira, 22 de julho. Agora, Raymel começa a vislumbrar um futuro: "Eu acho que agora tudo vai começar a andar na minha vida. Era só eu achar um emprego que o resto vai vir com o tempo".
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Raymel e sua família formada no Brasil- Foto: Álbum Pessoal
A ocupação da vaga surgiu também do interesse da dona da empresa, Teresinha Medeiros, que precisava de um agente funerário. No entanto, receou que no cargo, a questão da língua poderia ser algo desfavorável. "Fiquei um pouco preocupada em colocá-lo em um posto que teria contato direto com as pessoas, já que não sei se ele compreende muito bem nossa língua. E lidar com a morte de um ente querido requer uma sensibilização", conta a empresária. Mesmo com o emprego novo, o cubano ainda sonha em voltar a atender pacientes e espera pela liberação pelo governo do Revalida, exame para revalidação de diplomas médicos obtidos fora do Brasil.
Atualizada às 11h11