Operação policial termina com quatro mortos em tentativa de prender Juninho Varão
Miliciano escapa de cerco, mas homens são mortos em confronto com a polícia
Por Plox
25/07/2024 10h25 - Atualizado há 3 meses
Gilson Ingrácio de Souza Júnior, conhecido como Juninho Varão, líder do Bonde do Varão, foi alvo de uma operação conjunta das polícias Civil e Rodoviária Federal (PRF) na manhã desta quinta-feira (25), em Jardim Guandu, Nova Iguaçu, Baixada Fluminense. Durante a ação, houve intenso tiroteio que resultou na morte de quatro homens.
Apreensão de armas e equipamentos
Os agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) conseguiram apreender quatro fuzis, diversos carregadores, coletes à prova de balas, toucas ninja e vários aparelhos telefônicos após o confronto. Apesar da intensa troca de tiros, Juninho Varão conseguiu fugir do cerco policial.
Dinâmica da operação
De acordo com a Polícia Civil, a operação foi desencadeada após informações de inteligência apontarem a localização dos milicianos. Os agentes, que estavam em diligências monitorando os criminosos, solicitaram o apoio da PRF para a abordagem. Os milicianos estavam em dois carros que trafegavam pela BR-465. Ao serem interceptados, os criminosos tentaram escapar, resultando em uma perseguição.
Confronto e mortes
Durante a fuga, criminosos em um dos carros atiraram contra os policiais, que revidaram. Os homens baleados foram levados para o Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, mas chegaram sem vida. Segundo a polícia, os quatro mortos estavam envolvidos diretamente com as atividades do Bonde do Varão.
Atividades criminosas da quadrilha
O Ministério Público do Rio de Janeiro informou que a quadrilha de Juninho Varão acumulou aproximadamente R$ 10 milhões nos últimos anos com a exploração de serviços de internet em Nova Iguaçu. O Bonde do Varão atua nos bairros de Cabuçu, Aliança, Jardim Laranjeiras, Valverde e Palhada, praticando extorsão de comerciantes e moradores, além de explorar serviços de gás, água, comercialização de gelo, agiotagem, operação de vans, cobrança de taxas condominiais e gestão de aterros clandestinos. Os recursos adquiridos com essas atividades ilícitas são investidos em duas empresas provedoras de internet, fortalecendo ainda mais a atuação do grupo na região.