Menina morre após lanche com bolo e pão de queijo em Minas

Durante uma noite tranquila em São Francisco, no Norte de Minas Gerais, uma tragédia abalou uma família. Uma menina de apenas 9 anos morreu após consumir pão de queijo e bolo durante um lanche na casa da avó, onde passava as férias com a irmã de 11 anos.

Segundo o registro policial, a avó, de 59 anos, havia preparado um bolo para o café da tarde. Pouco depois, o tio das meninas chegou à residência levando uma sacola plástica com mais bolo e alguns pães de queijo. Ele deixou os alimentos na casa e foi embora.

Tanto a avó quanto as duas netas comeram os dois tipos de bolo e também os pães de queijo. Apenas a menina mais nova começou a sentir sintomas preocupantes, como náuseas intensas e dores abdominais. A avó tentou aliviar o mal-estar da neta com massagens e gel na barriga. No entanto, o quadro se agravou rapidamente: a criança começou a expelir uma substância branca pelo nariz, perdeu os sentidos e entrou em parada cardiorrespiratória.

Diante da emergência, a avó pediu socorro a um vizinho, que prontamente levou a criança ao Hospital Dr. Brício de Castro Dourado. Na unidade de saúde, os profissionais constataram que a menina chegou sem pulso, com as pupilas contraídas e com a pele azulada (cianótica). Apesar das tentativas de reanimação, ela não respondeu aos procedimentos médicos e teve sua morte confirmada logo depois.

No mesmo dia, um gato que frequentava a casa apareceu morto. Um morador relatou que o animal havia apresentado sintomas similares aos da criança pouco antes de morrer. O corpo do felino foi recolhido pela Vigilância Sanitária local para análise.

A Polícia Civil realizou uma perícia na residência da avó na manhã seguinte e recolheu amostras tanto do bolo feito por ela quanto dos alimentos trazidos pelo tio. Essas amostras serão submetidas a análises técnicas.

\"Minhas filhas costumam passar as férias na casa da avó, é algo comum\", afirmou a mãe da criança, de 32 anos.

De acordo com os familiares, a menina era saudável, não apresentava problemas médicos, nem havia sinais de violência no corpo. O cadáver foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal de Januária, onde passou por necropsia. As autoridades aguardam os laudos para esclarecer a causa da morte. A Polícia Civil ainda não divulgou detalhes sobre os primeiros levantamentos da investigação.