Zema propõe revisão nos programas sociais e mira presidência contra o PT

Governador de Minas Gerais diz que prioridade é retirar o PT do poder federal e que STF precisa rever decisões

Por Plox

25/07/2025 07h44 - Atualizado há 8 dias

Durante uma entrevista concedida à CNN nesta quinta-feira (24), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), reforçou seu posicionamento crítico ao Supremo Tribunal Federal (STF) e afirmou que sua principal meta, caso confirme sua candidatura à Presidência da República, será retirar o Partido dos Trabalhadores (PT) do comando do governo federal.


Imagem Foto: Divulgação


Ao comentar sobre o Judiciário, Zema fez duras críticas à atuação do STF, especialmente em relação ao ministro Alexandre de Moraes e às decisões envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro. Para ele, é \"absurdo\" impedir uma pessoa de se comunicar com o próprio filho ou de conceder entrevistas. Segundo o governador, é preciso que a Corte tenha mais comedimento até as eleições de 2026.
“Espero que eles revejam antes que algo mais drástico seja necessário”, afirmou Zema.


O governador também classificou o governo de Luiz Inácio Lula da Silva como perseguidor e “revanchista”, destacando que sua trajetória guarda semelhanças com a de Jair Bolsonaro, embora ele, segundo suas próprias palavras, possua maior experiência administrativa. “Estou muito acostumado a montar times”, afirmou, destacando os resultados obtidos em Minas Gerais desde 2018, ano em que assumiu o estado, que, segundo ele, estava \"arruinado pelo PT\".


Em relação à economia, Zema revelou que, como presidenciável, pretende revisar os programas sociais com um pente-fino, alegando que há muitas pessoas recebendo benefícios indevidamente. Além disso, defendeu uma nova reforma da previdência e se posicionou contra os chamados supersalários no serviço público, ressaltando que nenhuma carreira estatal deve formar \"milionários\". No caso da previdência dos militares, o governador considerou que o tema exige um estudo criterioso.



Outro tópico abordado na entrevista foi o impacto do tarifaço imposto pelos Estados Unidos ao Brasil, ação atribuída a pressões de Eduardo Bolsonaro naquele país. Zema reconheceu que a atuação do filho do ex-presidente gerou um \"embaraço\". “Ele pode até ter tentado ajudar, mas o resultado foi prejudicial”, disse.


Para Zema, a origem do problema está no próprio governo Lula, que, segundo ele, optou por se alinhar a regimes autoritários em vez de democracias, oferecendo a Donald Trump uma oportunidade para retaliar. $&&$“Deveria ter retaliado o governo brasileiro, não os brasileiros que trabalham e exportam para os Estados Unidos”$, concluiu o governador.


Ao que tudo indica, a entrevista marca mais um passo de Zema rumo à disputa presidencial de 2026, com discursos cada vez mais voltados ao eleitorado conservador e críticas intensas ao STF e ao governo federal.


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