Boletim Focus aponta queda na previsão de inflação, PIB e dólar em 2025
Relatório divulgado pelo Banco Central mostra reduções nas estimativas dos principais indicadores econômicos do país
Por Plox
25/08/2025 09h54 - Atualizado há 1 dia
O cenário econômico para 2025 sofreu uma nova rodada de ajustes nesta segunda-feira (25), quando o Banco Central divulgou a atualização semanal do boletim Focus. Segundo os dados, as projeções para a inflação, o Produto Interno Bruto (PIB) e a cotação do dólar foram novamente revistas para baixo.

A nova estimativa para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) agora está em 4,86%, representando uma queda de 0,09 ponto percentual em relação à semana anterior. Este é o nível mais baixo registrado nas projeções deste ano, superando a previsão de 4,95% feita anteriormente. Apesar disso, o índice ainda permanece acima do centro da meta oficial de 3%, que permite variação de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
A sequência de revisões em baixa chega à 13ª semana consecutiva, demonstrando uma expectativa constante de desaceleração inflacionária entre os analistas de mercado.
As estimativas para os anos seguintes também foram revistas. Em 2026, a expectativa para o IPCA caiu de 4,4% para 4,33%. Já para 2027, a projeção recuou de 4% para 3,97%.
Além da inflação, a previsão para o crescimento do PIB também foi levemente ajustada, passando de 2,21% para 2,18%. A cotação do dólar, por sua vez, foi reduzida de R$ 5,60 para R$ 5,59.
Essa é a primeira vez no ano em que as três variáveis – inflação, PIB e dólar – sofrem revisão negativa simultaneamente
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A taxa básica de juros (Selic), por outro lado, não teve alterações nas estimativas e segue projetada em 15% ao fim de 2025. Para os anos seguintes, o mercado mantém as previsões de 12,5% em 2026 e 10,5% em 2027.
Os números apresentados no boletim Focus servem como base para decisões de política monetária e são acompanhados de perto por analistas, investidores e autoridades econômicas. O relatório é resultado de uma média das expectativas de mais de 100 instituições financeiras e consultorias econômicas.
As projeções reforçam a percepção de estabilidade econômica moderada, apesar dos desafios fiscais e do cenário político. As próximas semanas devem manter o foco nas variações desses indicadores, à medida que o governo busca manter a inflação sob controle sem comprometer o crescimento econômico.