Mãe de bebê encontrada morta com marca de mordida e sinais de tortura é presa três meses após o crime

Eliana Aparecida Simor Pereira foi detida por envolvimento na morte da filha, Maya, de apenas 1 ano, em Cariacica (ES)

Por Plox

25/08/2025 08h51 - Atualizado há 1 dia

Três meses após a morte da bebê Maya Simor Pereira, de apenas um ano, em Cariacica, na Grande Vitória, a mãe da criança, Eliana Aparecida Simor Pereira, de 19 anos, foi presa nesta sexta-feira (22). A detenção ocorreu após a emissão de um mandado de prisão preventiva.


Imagem Foto:


O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) acusa Eliana de homicídio qualificado. As qualificadoras incluem motivo fútil, prática de tortura e impossibilidade de defesa da vítima. Além disso, como Maya tinha menos de 14 anos, a pena da acusada pode ser aumentada conforme a legislação penal.


Já o pai da bebê, Thiago Colodino Barcelos, companheiro de Eliana, foi preso no dia seguinte ao crime. Ele se entregou à polícia e confessou ter cometido a agressão que resultou na morte da filha. No entanto, o MPES também o responsabiliza pelos mesmos crimes atribuídos à mãe da criança.



A juíza Eliana Ferrari Siviero, autora da decisão judicial, apontou que Eliana presenciava as agressões cometidas por Thiago e, mesmo assim, não as impedia.
“Ela era conivente com todas as agressões sofridas e, quando era confrontada [por terceiros], mentia para proteger Thiago”

, declarou a magistrada.

Conforme a denúncia, as agressões começaram quando Maya tinha apenas seis meses. Em uma das situações, a bebê teve o braço fraturado, e só foi levada ao hospital uma semana após o ocorrido. A investigação também indicou que a higiene da criança era frequentemente negligenciada — ela era vista suja de fezes e urina.


Segundo os autos, no dia do crime, Thiago ficou responsável por alimentar Maya. Diante de uma crise de choro, ele teria agredido e arremessado a criança com força sobre a cama, deixando-a sozinha no quarto. Eliana, que estava na residência, ouviu tudo, mas só foi verificar a filha horas depois, encontrando-a já sem vida.



A Secretaria da Justiça (Sejus) informou que Eliana está detida no Centro Prisional Feminino de Cariacica, enquanto Thiago segue preso no Centro de Detenção Provisória de Marataízes.


Durante o depoimento prestado à polícia no dia da ocorrência, Eliana, então grávida de nove meses, relatou que Thiago manteve a bebê no quarto e impediu sua entrada no cômodo.
“A mordida no braço dela foi ele quem deu. [...] Ele não me deixou entrar no quarto”
, afirmou.

A jovem contou ainda que Thiago começou a agredir a criança por não acreditar que ela fosse sua filha biológica.
“Ele começou a bater nela depois dos sete meses, porque, na mente dele, ela não era filha dele. Eu não podia fazer nada porque eu tinha medo. [...] Ele me agrediu duas vezes, tentou me matar com uma gravata e uma outra vez que me bateu com a cordinha de moto”
, relatou.



Após perceber que a filha não respirava, Eliana acionou o sogro, que trabalhava na roça.
“Recebi a ligação, perguntei o que estava acontecendo, ela falou que a criança tinha passado mal. Quando ela foi balançar, a criança estava gelada”, contou o avô, que preferiu não se identificar.


O caso segue sob investigação, e o julgamento de Eliana e Thiago ainda será marcado. A prisão da mãe representa um novo passo no processo judicial envolvendo a morte de Maya Simor Pereira.


Destaques