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No dia em que completava 27 anos, a médica Samira Khouri foi vítima de uma violenta agressão cometida pelo então namorado Pedro Camilo Garcia Castro, de 24 anos. O episódio, ocorrido em 14 de julho deste ano, deixou marcas profundas em sua vida. Mais de um mês após o ataque, ela decidiu compartilhar seu relato pela primeira vez, em entrevista ao programa Fantástico.
Foto: Reprodução Fantástico A violência aconteceu em um apartamento alugado em São Paulo, após o casal ter ido a uma boate. Samira conta que Pedro demonstrou comportamento agressivo no local e foi retirado pelos seguranças. Ela voltou sozinha para o apartamento por volta das 3h46, e Pedro chegou pouco depois, às 4h23, iniciando o ataque.
"Ele chegou muito nervoso, eu nunca tinha visto assim. Na hora, fiquei com medo. O Pedro me deu um soco, eu caí no chão e não lembro de mais nada", disse. Ao recobrar a consciência no meio da agressão, fingiu estar desmaiada para evitar mais violência. "Ele me deu mais uns 12 socos enquanto eu acordei. A primeira coisa que pensei foi: eu preciso ficar quieta."
A câmera de segurança registrou Pedro saindo do imóvel às 4h29, com a mão quebrada — resultado dos golpes aplicados. As investigações apontam que a sessão de agressões durou cerca de seis minutos.
Os danos causados foram extensos: Samira sofreu paralisia facial no lado esquerdo, perdeu metade da visão de um dos olhos e precisou colocar placas de titânio no rosto. "Durante as agressões, o Pedro quebrou todas as estruturas que seguram o meu globo ocular, além de vários ossos da minha face, principalmente do lado esquerdo", contou. Ela também teve o nariz fraturado.
Após passar 12 dias na UTI em estado grave, a médica conseguiu recordar os fatos somente ao deixar a unidade intensiva. Atualmente, depende da ajuda da mãe até para caminhar. "Quando ele me socava no rosto, sentia uma dor que eu não consigo nem falar pra você. É uma dor como se alguém estivesse me tirando a vida."
Samira relatou o choque ao ver sua imagem pela primeira vez depois da agressão. "Não é possível que essa sou eu. Não é possível que alguém me deixou assim."
"Ele queria que eu ficasse deformada de alguma forma? Eu não sei, mas me faz pensar. Por que ele escolheu só o meu rosto?\
A médica também revelou que, embora nunca tivesse sofrido agressão física antes, Pedro já demonstrava sinais de controle e comportamento agressivo. "Ele batia no carro, batia na parede. Tinha ciúmes excessivos. Meu celular era dele. Ele tinha controle de todas as minhas conversas."
O fisiculturista foi preso em flagrante em Santos logo após o crime e, em audiência de custódia, teve a prisão convertida em preventiva. O juiz responsável citou a "violência exacerbada" e a "brutalidade incomum" do ataque. Pedro alegou fazer uso de remédios controlados e anabolizantes, além de ter sido diagnosticado com bulimia e depressão.
A delegada Débora Lázaro, que acompanhou o caso, se mostrou indignada com a gravidade da situação. "Ela está muito agredida, o rosto destruído. Isso é uma coisa que tem que acabar."
No mesmo dia da agressão, Pedro havia publicado em suas redes sociais uma mensagem de carinho para Samira: "Feliz aniversário, meu amor, você merece tudo de bom que essa vida tem pra te proporcionar, eu te amo mais que tudo."
Samira, em meio à dor e ao processo de recomeço, diz que pretende remover as tatuagens que fez com o nome do ex-companheiro. "Chega a ser irônico que eu tenho o nome de alguém que tentou me matar na minha pele."
A médica agora enfrenta um longo caminho de recuperação física e emocional, marcada por um episódio que quase lhe custou a vida.
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