Zema mantém planos de privatizar Cemig, Copasa e Codemig em Minas Gerais

Governador afirmou que adesão ao Propag pode destravar processo de venda ou federalização das estatais mineiras

Por Plox

25/08/2025 23h10 - Atualizado há 3 dias

Os planos de privatização das estatais mineiras seguem na agenda do governador Romeu Zema, que voltou a defender a venda ou federalização da Cemig, da Copasa e da Codemig. O tema pode ganhar fôlego a partir da adesão de Minas Gerais ao Programa de Pleno Pagamento das Dívidas dos Estados (Propag), mecanismo que, segundo ele, abre novas possibilidades para avançar no processo.


Imagem Foto: Reprodução Youtube


Zema lembrou que no seu primeiro mandato enfrentou obstáculos por falta de articulação política com a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
“Eu acabo incomodando mais o establishment político do que outros governadores. Fui eleito em 2018 sem nenhum prefeito me apoiando. Acho que o fato de alguém de fora da política entrar na política causa um mal estar muito grande”

, afirmou.

Apesar das dificuldades, o governador destacou que seu governo realizou a maior venda de participações acionárias da história de Minas, citando empresas como Light, Renova, Belo Monte e Santo Antônio, além de dezenas de outras. Ele classificou como “descabidas” as CPIs abertas contra a Cemig e ressaltou que essas investigações atrapalharam o andamento de parte dos projetos.



Para Zema, parte da resistência em torno das privatizações vem do que chamou de “apego político” às estatais. Ele exemplificou com situações envolvendo autorizações de projetos de energia solar, que antes, segundo ele, eram liberadas apenas para “amigos do rei”. Em sua gestão, garantiu que solicitou um levantamento completo ao CEO da Cemig para identificar potenciais locais de instalação de usinas fotovoltaicas em Minas, o que teria destravado investimentos.



O governador reforçou que o Propag poderá ser determinante para dar andamento às privatizações ou à federalização.
“A Cemig, qualquer que seja o caminho, federalização ou leilão, precisa ser transformada em uma corporation. É um passo que vai ser dado antes de qualquer outro. Se ela se transformar em uma corporation o mineiro já estará ganhando muito”

, disse. Ele acrescentou que, sem mudanças estruturais, a companhia pode perder relevância e até mesmo valor de mercado nos próximos anos.
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