Pesquisa mostra que 7 entre 10 já fantasiaram sexo entre primos
Pesquisa mostra que imaginação sobre o tema é comum e revela como o erotismo se relaciona com o tabu e o proibido
Por Plox
25/09/2025 06h43 - Atualizado há 18 dias
No Dia do Primo, comemorado em 26 de setembro, uma pesquisa nacional trouxe à tona um tema delicado e cercado de tabus: o desejo sexual envolvendo primos e primas. Embora frequentemente tratado com humor ou como meme nas redes sociais, o assunto esconde um universo de fantasias e provocações que mexem com o imaginário popular.

Levantamento feito pelo Sexlog — a maior rede social de sexo e swing da América Latina, com mais de 23 milhões de usuários — entrevistou mais de 12 mil pessoas e apontou que 70,6% dos participantes já fantasiaram alguma vez sobre ter relações sexuais com um(a) primo(a). Já 57,2% afirmaram que expressões como “pegar o primo ou a prima” aparecem com frequência em piadas ou conversas entre amigos, geralmente em tom de brincadeira ou imaginação. A justificativa mais comum para isso? “O proibido é excitante”, segundo 51,6% dos entrevistados.
O conteúdo erótico que explora esse tipo de temática também se mostrou bastante popular: 44,9% admitiram já ter consumido pornografia ou lido contos eróticos sobre o assunto mais de uma vez. Além disso, 64,5% responderam que ficariam excitados se esse tipo de conteúdo surgisse em uma conversa ou narrativa sexual, indicando como esse imaginário é potente dentro do erotismo.
A sexóloga Bárbara Bastos explica que esse tipo de fantasia não significa necessariamente vontade real de praticar o ato
.“A pornografia e os contos eróticos exploram o que é considerado proibido, o que, para algumas pessoas, aumenta o estímulo. Mas fantasiar não significa querer viver aquilo na prática”, ressalta a especialista. Ela reforça: “Fantasia é ilimitada e segura dentro da mente. A prática, por outro lado, exige consentimento, ética, valores pessoais e até envolve questões legais. São universos diferentes”.
Segundo o estudo, o tema aparece com frequência na pornografia e em contos (42,3%), é comum em rodas de amigos (35,5%) e até nos memes que circulam pela internet (15%). Para Bárbara, o humor pode ajudar a abrir o diálogo sobre sexualidade, mas alerta: “Também pode reforçar preconceitos e causar vergonha em quem se identifica com essas fantasias”.
Quando os participantes foram questionados sobre o que mais os excita em fantasias com tabus, 43,7% citaram a adrenalina da imaginação, enquanto 41,5% mencionaram a sensação de estar transgredindo. Apenas 6,1% disseram que o humor é o que torna o tema excitante, o que reforça a ideia de que o apelo maior está na provocação mental, não na piada.
Mesmo com a alta incidência de relatos, 22% afirmaram nunca terem tido esse tipo de fantasia e 1,5% disseram que o assunto é desconfortável demais para sequer considerar. Ainda assim, a popularidade do tema no conteúdo adulto e no humor digital mostra que ele continua sendo um símbolo forte no imaginário coletivo.
A sexóloga conclui destacando que essas fantasias podem ser uma forma de autoconhecimento.
“Elas não definem caráter nem indicam o que a pessoa fará. O importante é saber separar o que é desejo mental do que é uma ação real. Isso permite lidar com essas ideias sem culpa e com mais compreensão”, finaliza.
O Sexlog, plataforma responsável pela pesquisa, promove um ambiente seguro e voltado à liberdade sexual, sendo a maior rede da América Latina para quem deseja explorar o prazer com respeito e consentimento.