EBITDA da Usiminas cresce 72% no terceiro trimestre
A companhia teve no trimestre lucro líquido de R$ 185 milhões, recuperando o prejuízo de R$ 100 milhões do segundo trimestre
Por Plox
25/10/2024 10h47 - Atualizado há 2 meses
No terceiro trimestre de 2024, a Usiminas registrou recuperação em seus principais indicadores financeiros, por conta do melhor resultado operacional e financeiro, registrado principalmente na unidade de Siderurgia, além do aumento no volume de vendas no mercado interno. Os resultados consolidados foram divulgados ao mercado nesta sexta-feira (25).
A companhia teve no trimestre lucro líquido de R$ 185 milhões, recuperando o prejuízo de R$ 100 milhões do segundo trimestre. De julho a setembro, o EBITDA ajustado ficou em R$ 426 milhões (R$ 247 milhões no 2T24), e a margem EBITDA está em 6%, ante 4% registrados de abril a junho deste ano.
Marcelo Chara, presidente da Usiminas, destaca que a recuperação dos resultados confirma as expectativas sinalizadas anteriormente, com avanço na eficiência operacional e na melhoria contínua. “O Alto-Forno 3 atingiu o maior volume de produção desde 2010. Atualmente, produzimos mais aço bruto com dois altos fornos do que o que produzíamos com três”.
Chara ressalta que é preciso seguir neste caminho, fruto de toda a transformação que a Usiminas passa nos últimos tempos, com focos nas rotinas de gestão, segurança e indicadores relacionados à melhoria contínua. “Damos um importante sinal, interna e externamente, com os resultados do terceiro trimestre, da nossa competitividade e da qualificação das nossas equipes”.
Importação
A Usiminas segue acompanhando, junto ao Instituto Aço Brasil e outras entidades, o contínuo aumento do volume de aço subsidiado importado, principalmente de origem chinesa. Neste trimestre, foram 934 mil toneladas de laminados planos, um aumento de 13% em relação ao segundo trimestre e que representam 22% do consumo aparente de aços planos no Brasil.
“Esses números evidenciam a necessidade de um ajuste no sistema de cota e tarifa implementado pelo Governo Federal em junho deste ano. Da mesma forma, seguimos apoiando as autoridades competentes nas investigações antidumping já iniciadas e que visam demostrar os efeitos nocivos desta prática desleal à indústria nacional”, pontua Marcelo Chara.
Confira mais detalhes sobre os resultados das unidades de negócio:
Siderurgia - o EBITDA ajustado ficou em R$ 378 milhões, o maior desde o primeiro trimestre de 2023, frente a R$ 70 milhões do 2T24. O volume de vendas teve um crescimento de 8% na comparação com o segundo trimestre, registrando 1,1 milhão de toneladas. Houve crescimento de 10% de comercialização no mercado interno, o maior volume desde o 3T21. A produção de aço bruto foi de 873 mil toneladas, 6,9% superior ao registrado de abril a junho; já a produção de laminados em Ipatinga e Cubatão totalizou 1,2 milhão de toneladas, 8,3% superior ao trimestre anterior.
Mineração – a venda de minério de ferro ficou em 2,3 milhões de toneladas, aumento de 14% na comparação com o trimestre anterior. A receita líquida registrada foi de R$ 767 milhões, ante R$ 777 milhões de abril a junho, e o EBITDA ajustado está em R$ 44 milhões, ante R$ 156 milhões do segundo trimestre. Mesmo com o maior volume de vendas, o trimestre foi impactado pela queda no preço do minério.