Política

Lula fecha sete acordos de cooperação com Malásia na Cúpula da Asean

Parcerias envolvem semicondutores, ciência, agricultura e diplomacia para ampliar presença do Brasil na Ásia

25/10/2025 às 09:25 por Redação Plox

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e uma comitiva de ministros firmaram sete acordos de cooperação com a Malásia neste sábado. As parcerias foram celebradas durante a participação do Brasil na 47ª Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), evento que prossegue até a próxima semana e traz expectativa de uma reunião entre Lula e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Ministros e autoridades brasileiras presentes

Integraram a comitiva de Lula os ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia), Carlos Fávaro (Agricultura), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia) e Mauro Vieira (Relações Exteriores). Também acompanharam a delegação o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.

Acordos de cooperação firmados

Entre os memorandos de entendimento realizados, que facilitam a troca de experiências e iniciativas de formação entre os países, destacam-se:

  • Indústria de semicondutores
  • Ciência, tecnologia e inovação
  • Parceria entre a Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG) e o Instituto de Estudos Estratégicos e Internacionais da Malásia (Isis-Malaysia)
  • Cooperação entre o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e o Centro Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Aplicado da Malásia (Mimos)
  • Acordo entre o Centro de Tecnologia da Informação (CTI) Renato Archer e o Centro Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Aplicado da Malásia

Além desses, houve assinatura de uma carta de intenções entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Agrícola da Malásia (Mardi), além de uma troca de notas voltada à cooperação na formação de diplomatas.

Estratégia brasileira no mercado asiático

A agenda do presidente Lula na Ásia, iniciada pela Indonésia, é estratégica para fortalecer novos acordos comerciais e estimular a abertura de mercados. O encontro com Trump, previsto para o próximo domingo na Malásia, concentra grande parte das atenções da visita.

Pecuária brasileira mira mercado oriental

A busca por espaço no mercado asiático é tema recorrente para o setor pecuarista brasileiro. O crescimento desse interesse foi intensificado pela imposição de tarifas mais altas pelos Estados Unidos sobre produtos do Brasil.

Países asiáticos costumam valorizar – e pagar mais – por partes do boi pouco demandadas no ocidente, como miúdos bovinos. No Japão, por exemplo, a língua de boi ultrapassa US$ 10 o quilo, enquanto o Brasil exporta esse mesmo produto a US$ 2 o quilo para outros mercados.

Ainda existem barreiras comerciais que dificultam a entrada da carne brasileira na Ásia, mas o setor comemora avanços recentes. Em agosto, um novo destino de exportação foi conquistado: a Indonésia.

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