Governo Lula pode limitar reajuste do salário mínimo em 2025 para cortar gastos
Corte de gastos e impacto no salário mínimo preocupam governo e sociedade
Por Plox
25/11/2024 19h06 - Atualizado há cerca de 1 mês
O governo Lula discute medidas para equilibrar as contas públicas, incluindo limitar o aumento real do salário mínimo. Proposta pode gerar economia bilionária, mas enfrenta resistência.
Reuniões intensas no Planalto
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus ministros passaram o dia em reuniões nesta segunda-feira (25) para finalizar um conjunto de medidas destinadas a reduzir os gastos do governo federal. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o pacote está sendo preparado para anúncio oficial nesta terça-feira (26).
A fórmula atual do salário mínimo em debate
Atualmente, o reajuste do salário mínimo é calculado com base na inflação do ano anterior somada ao crescimento do PIB de dois anos antes. Com isso, a previsão para 2025 indicava um aumento real de até 2,9%, podendo alcançar 3,3% em 2026. Porém, a equipe econômica propôs um teto de 2,5%, alinhado à regra fiscal do arcabouço.
Economia projetada com a medida
Se implementada, a limitação ao reajuste do salário mínimo poderia economizar R$ 11 bilhões até 2026. Essa medida tem grande impacto porque 27% das despesas primárias do governo federal estão vinculadas ao piso salarial, incluindo benefícios previdenciários, assistenciais, abono salarial e seguro-desemprego.
O arcabouço fiscal e os desafios políticos
A discussão sobre o novo pacote ocorre em meio ao esforço do governo para cumprir o arcabouço fiscal, que limita o crescimento das despesas públicas. Haddad afirmou que a proposta foi previamente apresentada aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além de líderes parlamentares. Após a conclusão no Executivo, o texto ainda precisará ser aprovado pelo Congresso Nacional.