Janaina Paschoal descarta crime de Bolsonaro e analisa tese de "golpe do golpe"

A vereadora eleita aponta falhas do ex-presidente, mas afirma não haver indícios criminais em investigação sobre plano de golpe.

Por Plox

25/11/2024 10h40 - Atualizado há 5 meses

A vereadora eleita de São Paulo, Janaina Paschoal (PP), expôs sua análise sobre o suposto plano de golpe de Estado investigado pela Polícia Federal (PF), que inclui 37 indiciados, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro. A advogada e professora de Direito utilizou a rede social X no último sábado (23) para apresentar sua interpretação, ressaltando a hipótese de um "golpe dentro do golpe", que teria sido articulado por militares contra o presidente Lula (PT) e, em seguida, contra o próprio Bolsonaro.

Janaina Paschoal Foto: Arquivo Agência Alesp

Análise do "golpe do golpe"
A tese do "golpe do golpe", divulgada inicialmente pela GloboNews, sugere que militares interessados em impedir a posse de Lula planejavam destituir Bolsonaro logo depois. Segundo Janaina Paschoal, essa ideia faz mais sentido do que a possibilidade de Bolsonaro estar diretamente envolvido em uma tentativa de permanecer no poder. A professora destacou que o ex-presidente deixou o Brasil antes do término do mandato, o que seria incoerente com a postura de quem supostamente estaria planejando um golpe.

– "A tese do golpe dentro do golpe faz mais sentido que a tese do golpe, pois Bolsonaro largou o cargo antes do prazo, indo se refugiar nos Estados Unidos. Já há um tempo, questiono se ele não teria fugido da pressão para dar o golpe. Afinal, quem quer golpe se amarra à cadeira, não entrega antes", escreveu a advogada.

Críticas e ausência de crime
Janaina também comentou sobre a conduta de Bolsonaro após a derrota eleitoral. Para ela, o ex-presidente cometeu erros, como não orientar seus apoiadores a encerrar manifestações e voltar para casa, mas tais ações não caracterizam um crime no contexto das investigações atuais.

– "Ele falhou ao não mandar seus apoiadores para casa? Não tenho dúvidas! Há responsabilidade moral? Certamente! Criminal, salvo algum elemento novo que venha a surgir, não vislumbro", afirmou Janaina.

Apesar de apontar responsabilidades morais, Janaina descartou a existência de indícios que comprovem envolvimento criminal de Bolsonaro até o momento, reafirmando sua análise de que o contexto favorece outras explicações.

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