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Política

PF revela áudio de militares sobre plano golpista com apoio a atos violentos em Brasília

Relatório aponta envolvimento direto de militares de alta patente, incluindo o general Mário Fernandes, em conspiração para impedir a posse de Lula

25/11/2024 às 12:40 por Redação Plox

Áudios obtidos pela Polícia Federal (PF) e revelados neste domingo (24) pelo programa Fantástico, da TV Globo, apontam que o general reformado Mário Fernandes, ex-número 2 da Secretaria-Geral da Presidência no governo Jair Bolsonaro (PL), teria articulado um plano para envolver as Forças Armadas em um golpe de Estado para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As informações constam no inquérito finalizado na última semana, que culminou no indiciamento de 37 pessoas, incluindo o ex-presidente Bolsonaro.

Os áudios, que integram o relatório da PF, mostram Fernandes afirmando ter discutido a possibilidade de ações até 31 de dezembro de 2022 com Bolsonaro, destacando a oportunidade perdida de impedir a diplomação de Lula e Alckmin. Em um dos trechos, ele diz: “O dia 12, pela diplomação do vagabundo, não seria uma restrição? Qualquer ação nossa pode acontecer até 31 de dezembro. Tudo.”

Atos violentos e incitação à radicalização
Após a diplomação de Lula em 12 de dezembro de 2022, apoiadores de Bolsonaro iniciaram uma série de atos violentos em Brasília, incluindo a tentativa de invasão à sede da PF e ataques a veículos e prédios. O general Mário Fernandes comemorou os incidentes em áudios enviados a outros militares, afirmando: “Agora vai rolar sangue.”

Além disso, as investigações apontam que Fernandes mantinha comunicação constante com acampamentos antidemocráticos organizados em frente aos quartéis, locais que se tornaram epicentros de mobilização golpista. Ele teria declarado: “Talvez seja isso que o alto comando quer. O clamor popular, como foi em 64. Nem que seja pra inflamar a massa.”

Plano detalhado de assassinatos
Segundo a PF, o plano envolvia o assassinato de Lula, Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes, além da eliminação de militares que poderiam se opor à execução. Entre os recursos planejados estavam armas de grosso calibre, granadas e explosivos. Fernandes teria dito: “Qualquer solução, caveira, tu sabe que ela não vai acontecer sem quebrar ovos, sem quebrar cristais.”

Estrutura do núcleo golpista
As investigações detalham que o grupo conspirador estava organizado em diferentes frentes:

  • Núcleo de desinformação e ataques ao sistema eleitoral;
  • Núcleo jurídico;
  • Núcleo operacional de apoio e ações coercitivas;
  • Núcleo de inteligência paralela.

O general Mário Fernandes foi apontado como um dos líderes do Núcleo de oficiais de alta patente, que utilizavam sua influência para incitar adesões ao plano.

Foto: Isac Nóbrega/PR

Prisões e desdobramentos
Fernandes foi preso na última terça-feira (19), durante a Operação Contragolpe, junto com outros três oficiais do Exército. Eles são acusados de articular as ações golpistas com apoio logístico e estratégico.

Crimes e penas possíveis
Os 37 indiciados podem enfrentar até 30 anos de prisão, com acusações como:

  • Golpe de Estado: 4 a 12 anos de prisão;
  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito: 4 a 8 anos de prisão;
  • Organização criminosa: 3 a 8 anos de prisão.

Desdobramentos legais
Com a entrega do relatório ao STF, a Procuradoria Geral da República (PGR) analisará o caso, podendo apresentar denúncia formal, solicitar arquivamento ou pedir novas diligências. Se aceitos pelo Supremo, os indiciados passarão à condição de réus, iniciando a tramitação judicial.

O julgamento é aguardado para junho ou julho de 2025.

Conexão com os atos de 8 de janeiro
As investigações da PF também correlacionam os diálogos ao contexto das invasões de 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores de Bolsonaro depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília. As ações foram marcadas por pedidos de intervenção militar para reverter o resultado das urnas.

A defesa do general Mário Fernandes não se manifestou até o momento, enquanto Bolsonaro nega participação no plano e acusa Alexandre de Moraes de perseguição.

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