Saúde

Brasil fecha acordo com OPAS para comprar vacinas mais baratas e rápidas ao SUS

Parceria em São Paulo prevê uso dos Fundos Rotatórios, cooperação logística e inclusão de novas tecnologias, fortalecendo produção nacional e resposta a emergências epidemiológicas

25/11/2025 às 11:18 por Redação Plox

O Ministério da Saúde firmou um acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) para comprar vacinas por meio dos Fundos Rotatórios da entidade. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (21), em São Paulo. Segundo a pasta, o mecanismo permite compras regionais com preços mais competitivos e entrega mais rápida ao Sistema Único de Saúde (SUS).

O compromisso prevê ainda cooperação em logística, gestão de estoques e regulação sanitária. De acordo com o ministério, a meta é ampliar a capacidade de resposta a emergências e surtos epidemiológicos, além de facilitar a incorporação de vacinas atualizadas no SUS.


Imunização contra a dengue

Imunização contra a dengue

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Compras conjuntas e vacinas mais modernas

Os Fundos Rotatórios permitem que países das Américas negociem em bloco com fabricantes. Segundo a OPAS, esse modelo gera economia de escala e acelera a entrega de imunizantes.

A entidade também atua com instituições brasileiras e regionais para incluir vacinas de novas tecnologias, como as contra o vírus sincicial respiratório (RSV) e, futuramente, a pneumocócica conjugada 20-valente (PCV20).

O avanço ocorre em um contexto de aumento de casos de doenças respiratórias, como pneumonia.

Fortalecimento da produção nacional

Paralelamente às compras, o governo aponta que o acordo fortalece instituições nacionais como Bio-Manguinhos/Fiocruz e Instituto Butantan, que poderão fornecer vacinas aos Fundos Rotatórios. Segundo o ministério, essa estratégia aumenta o ganho de escala e reforça a autossuficiência da região em imunizantes.

A OPAS, por sua vez, informou que vai organizar a demanda dos países e identificar outros produtores regionais, com o objetivo de estruturar uma rede compartilhada de produção.

Articulação com iniciativas internacionais

O Ministério da Saúde informa que o acordo se integra a frentes de cooperação já em andamento. Entre elas, estão:

BRICS – acordo voltado a doenças associadas à pobreza e à exclusão, que inclui ações na área de produção de imunizantes.

G20 – criação da Coalizão Global para Produção Local e Regional, Inovação e Acesso Equitativo, que terá o Brasil na presidência pelos próximos dois anos e a Fiocruz como secretaria executiva permanente.

Nesse contexto, o Ministério cita a possibilidade de redes colaborativas com países como Argentina, México e Colômbia para a produção de vacinas contra Covid, pneumonia e bronquiolite.

Plataforma colaborativa para vacinas respiratórias

Segundo o Ministério da Saúde, está em desenvolvimento uma plataforma de atualização permanente de imunizantes respiratórios. A proposta prevê cooperação entre países da região e laboratórios públicos e privados brasileiros para incorporar, de forma contínua, novas tecnologias e formulações voltadas a doenças respiratórias.

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