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Economia
Dólar recua e Ibovespa avança em dia de foco na agenda política e fiscal
Moeda americana abre em queda enquanto a Bolsa acumula forte alta em 2024, em sessão marcada pelo avanço de projeto de aposentadoria especial no Senado, arrecadação recorde em outubro e expectativa por corte de juros nos EUA
25/11/2025 às 09:32por Redação Plox
25/11/2025 às 09:32
— por Redação Plox
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O dólar iniciou a terça-feira (25) em queda, recuando 0,29% às 9h, cotado a R$ 5,3800. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, passa a ser negociado a partir das 10h.
Com poucos indicadores domésticos na agenda, o mercado financeiro volta seu foco para falas de autoridades e para o cenário político em Brasília. Investidores também acompanham a retomada da divulgação de dados nos Estados Unidos, que devem orientar as expectativas em relação à trajetória dos juros por lá.
Alta do dólar reflete queda na confiança na economia brasileira por causa dos gastos e do endividamento do governo
Foto: Jornal Nacional/ Reprodução
Agenda econômica e política no Brasil
O dia no Brasil é marcado por eventos que contam com a participação do vice-presidente Geraldo Alckmin e do diretor de Política Monetária do Banco Central, Nilton David. Além disso, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, apresenta-se na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.
No campo legislativo, o Senado deve analisar o projeto que regulamenta a aposentadoria especial de agentes de saúde e de combate às endemias. A proposta tem impacto estimado em até R$ 24,7 bilhões e é vista como um fator potencial de pressão sobre a curva de juros.
O avanço dessa pauta ganhou força após a indicação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal (STF), em meio às articulações envolvendo o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e o senador Rodrigo Pacheco.
Cenário externo e juros nos EUA
No exterior, investidores monitoram a volta da divulgação de indicadores americanos, com destaque para o índice de preços ao produtor e para as vendas do varejo de setembro. Esses números chegam em um momento de expectativa por um possível corte de juros pelo Federal Reserve em dezembro, o que pode influenciar fluxos de capital para mercados emergentes.
Esses dados internacionais, combinados com a agenda política em Brasília, tendem a ditar o ritmo dos negócios no câmbio e na bolsa ao longo do dia.
Desempenho do dólar
Confira o comportamento recente da moeda norte-americana:
Dólar
Acumulado da semana: -0,11%
Acumulado do mês: +0,28%
Acumulado do ano: -12,70%
Ibovespa em alta no ano
O Ibovespa segue em trajetória positiva no acumulado de 2024, apoiado pelo desempenho de grandes companhias e pelo fluxo estrangeiro.
Ibovespa
Acumulado da semana: +0,33%
Acumulado do mês: +3,84%
Acumulado do ano: +29,09%
Arrecadação federal bate recorde em outubro
A arrecadação do governo federal somou R$ 261,9 bilhões em outubro, de acordo com dados divulgados pela Receita Federal na segunda-feira. O montante representa alta real de 0,92% em relação a outubro do ano passado, quando foram arrecadados R$ 259,5 bilhões.
Esse foi o maior valor já registrado para um mês de outubro desde o início da série histórica, em 1995, configurando um recorde em 31 anos. O resultado foi impulsionado, sobretudo, pelo aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), anunciado em maio.
Também contribuíram para o desempenho a taxação das apostas online e loterias, que adicionou cerca de R$ 1 bilhão à arrecadação do mês.
Outro fator relevante foi o crescimento do Imposto de Renda sobre aplicações financeiras, favorecido pelo ambiente de juros elevados, além do aumento nos valores pagos como juros sobre capital próprio, enquanto esteve em vigor a Medida Provisória que elevou tributos — posteriormente derrubada pela Câmara.
Segundo a Receita, o IRRF sobre capital arrecadou R$ 11,57 bilhões, alta real de 28,01%. O avanço refletiu o aumento nas aplicações de renda fixa para pessoas físicas e jurídicas (+42,10%), nos fundos de renda fixa (+41,36%) e nos juros sobre capital próprio (+32,93%).
Bolsas americanas em leve queda
Os mercados dos Estados Unidos começaram o dia com recuo moderado nos contratos futuros, após uma forte valorização das ações de tecnologia na véspera. Investidores aguardam novos dados econômicos e balanços corporativos que podem indicar a força do consumo no país.
Antes da abertura das negociações em Wall Street, os futuros do Dow Jones caíam 0,16%, os do S&P 500 recuavam 0,19% e os do Nasdaq tinham baixa de 0,33%.
Europa sem direção única
As bolsas europeias operam sem tendência definida, em meio à divulgação de resultados de grandes empresas e de indicadores como o PIB da Alemanha e a confiança do consumidor na França.
Entre os principais índices, o STOXX 600 registrava leve alta de 0,01%, o DAX (Alemanha) caía 0,13%, o FTSE 100 (Reino Unido) avançava 0,12% e o CAC 40 (França) subia 0,05%.
Ásia fecha em alta com foco em tecnologia
Os mercados asiáticos encerraram o pregão no campo positivo, com destaque para ações de tecnologia, apoiadas por sinais de redução das tensões geopolíticas e pelo otimismo global em torno da inteligência artificial.
Comentários favoráveis sobre as relações entre China e Estados Unidos também contribuíram para melhorar o humor dos investidores.
No fechamento, os principais índices da região apresentaram ganhos: Xangai subiu 0,87% (3.870 pontos), CSI300 avançou 0,95% (4.490 pontos), Hang Seng ganhou 0,69% (25.894 pontos), Nikkei teve alta de 0,07% (48.659 pontos), Kospi subiu 0,30% (3.857 pontos) e Taiex avançou 1,54% (26.912 pontos). Em Singapura, o Straits Times contrariou o movimento regional e caiu 0,27%, aos 4.484 pontos.
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