A tarde de domingo (23) terminou em tragédia na ES-164, em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo. Um motociclista de 54 anos morreu após ser atingido por um carro que invadiu a contramão. A condutora, identificada como Adriane Dário Lima, de 53 anos, não possuía habilitação. A esposa da vítima, de 47 anos, que estava na garupa, sofreu ferimentos graves e foi encaminhada para um hospital da cidade.

De acordo com a Polícia Militar, a motorista se recusou a realizar o teste do bafômetro. Ela foi levada para a Delegacia Regional de Cachoeiro de Itapemirim, onde prestou depoimento e acabou liberada.

Motorista admitiu ter bebido, segundo familiares

O subtenente Rocha relatou que familiares da condutora informaram sobre o uso de medicamentos por parte dela e que, no local do acidente, Adriane teria admitido ao filho da vítima que havia ingerido bebida alcoólica. Mesmo assim, a Polícia Civil afirmou que não havia elementos que justificassem a prisão em flagrante, pois ela permaneceu no local e não foram constatados indícios imediatos de crime.

A violência da batida chamou a atenção: a moto teve a roda arrancada e ficou presa sob o carro. O motociclista, identificado como Levino Rodrigues Abreu, morreu ainda no local. Sua esposa, em estado grave, foi socorrida por uma equipe do Samu. A motorista e uma amiga, que retornavam de uma festa em Vargem Alta, não se feriram.

Acidente ocorreu em curva da rodovia

Segundo a Polícia Militar, o acidente aconteceu em uma curva da ES-164, quando Adriane perdeu o controle do veículo, por motivo ainda desconhecido, e invadiu a pista contrária. O casal seguia para o mesmo evento de onde a motorista e a amiga voltavam.

Filho socorreu a mãe e encontrou o pai sem vida

O filho do casal, Guilherme da Silva, contou que foi avisado por telefone e correu até o local do acidente. Com formação em primeiros socorros, ele verificou o estado de saúde dos pais.

Quando cheguei, o Samu já socorria minha mãe. Fui checar o pulso do meu pai e não tinha mais. Eu mesmo tive que cobrir o corpo dele. Já fiz isso com outras pessoas, mas nunca imaginei fazer com meu próprio pai

Guilherme da Silva

Inconformado, Guilherme recordou o pai com carinho, destacando que nada poderá reverter a perda. Ele lembrou que o pai trabalhava como eletricista, era muito conhecido na cidade e mantinha uma convivência próxima com a família. O filho contou ainda que havia sugerido que o pai fosse de carro, mas ele preferiu seguir de moto, como costumava fazer.