O presidente da organização do Miss Universo, Raul Rocha Cantú, se pronunciou após as acusações de fraude que surgiram com a coroação da Miss México, Fátima Bosch, na última sexta-feira (21/11), na Tailândia. As suspeitas ganharam força depois da divulgação de um contrato milionário firmado por uma empresa ligada ao pai da modelo.

Segundo Raul, as publicações sobre o caso têm caráter sensacionalista e buscam manipular a opinião pública ao sugerir que o resultado do concurso teria sido influenciado pelo acordo comercial.

Críticas à cobertura e defesa da organização

Em sua manifestação, o presidente da organização do Miss Universo atacou a forma como parte da imprensa tratou o episódio, acusando veículos de comunicação de divulgar informações tendenciosas e descontextualizadas sobre a relação entre o contrato e o resultado do concurso.

Contrato milionário e esclarecimentos sobre licitação

Em nota, Raul explicou que a empresa Gasiferas del Sur S.A. de C.V., da qual faz parte, celebrou o contrato mencionado antes da edição 2025 do Miss Universo. O acordo, segundo ele, foi firmado em 7 de fevereiro de 2023, no valor de 745 milhões de pesos mexicanos, e integra as atividades regulares do conglomerado empresarial do qual é sócio.

O empresário afirmou ainda que a companhia ligada ao pai de Fátima Bosch participou de um processo de licitação em 2022, ao lado de outras 15 empresas. Após vencer a disputa, o grupo obteve um contrato com duração de 2 anos e 8 meses, que, de acordo com Raul, foi encerrado antes da realização do concurso deste ano.

Ele destacou que a proposta apresentada no certame teria se mostrado a mais competitiva do ponto de vista econômico e atendido integralmente às exigências técnicas previstas no edital, condição que teria garantido a adjudicação do contrato.

Ligação com o Miss Universo e medidas legais

Raul Rocha Cantú também abordou diretamente a suspeita de que o contrato teria favorecido a vitória de Fátima Bosch. Ele afirmou que, quando o acordo foi assinado, ainda não tinha qualquer vínculo com a organização do Miss Universo, da qual só passou a fazer parte em janeiro de 2024, quase um ano após o processo de licitação.

O presidente classificou como completamente infundadas as tentativas de relacionar o contrato ao resultado do concurso e declarou que pretende adotar as medidas legais cabíveis contra os responsáveis pelas acusações.